Polícia

Mais uma vítima de “Zé do Boi” denuncia crime de estelionato

Depois que a Folha publicou o caso de uma vítima de estelionato praticado por um homem conhecido como “Zé do Boi”, um feirante, de 36 anos, procurou a reportagem para relatar que também foi vítima do criminoso e que fez o registro do Boletim de Ocorrência (B.O) no 3o Distrito Policial. O crime aconteceu no dia 27 do mês passado.

Conforme o feirante, ele também fez a publicação da venda de porcos na internet e em pouco tempo recebeu uma ligação de “Zé do Boi”, que demonstrou interesse em efetuar a compra. Ficou combinado de a vítima entregar os animais e, na negociação, cada quilo custava R$ 12. Os porcos abatidos foram entregues na residência do estelionatário.

A vítima disse que mora na região do Truaru, zona Rural de Boa Vista, e que tinha uma série de encomendas para entregar na capital e sempre fez a venda à vista. Mas em relação ao “Zé do Boi”, acabou sendo convencido de deixar 89 quilos de porco com o indivíduo, para que o pagamento fosse realizado no dia seguinte. O pagamento deveria ser de R$ 1.068,00, mas até o presente momento a vítima disse não recebeu qualquer valor.

“Algo ainda me disse que eu não tinha que entregar meus porcos para ele, mas ele tem uma conversa boa e conseguiu me convencer de pagar no dia seguinte. Eu sempre vendo à vista, mas acabei cedendo e caí num golpe”, ressaltou.

Faz duas semanas que o feirante disse que procura “Zé do Boi”, mas ele desliga o telefone e pede que a vítima procure seus direitos porque não vai pagar nenhum valor. “Esses dias eu publiquei que estava vendendo frangos e ele me ligou sem saber que o número era meu. Na foto tinha umas carnes dentro do freezer e ele ficou interessado nas carnes, perguntando se eu não fazia a venda. Eu reconheci a voz e falei que ele era um cara safado, um bandido e para ele não venderia. É um verdadeiro ‘cara de pau’”, contou.

Por fim, o feirante pede que a polícia inicie uma investigação para apurar os crimes praticados pelo estelionatário, tendo em vista que ele continua fazendo vítimas em Boa Vista e nos municípios do interior. “Ele aborda principalmente os pequenos produtores, gente que vende os bichos para sobreviver, para comer, comprar alguma coisa para a família. O prejuízo dói no nosso bolso porque é um dinheiro que faz falta. Eu sei que não vou receber nada de volta, mas eu quero muito que ele seja preso e pague pelo que está fazendo, porque eu fiquei deprimido por causa do que vivenciei”, finalizou. (J.B)