Cotidiano

Município afirma que não tem estrutura para solucionar crise

Afirmação é em resposta a ação movida pelo  MPE contra a Prefeitura, para que realize  monitoramento na tentativa de saber o real número de pessoas vivendo nas ruas da cidade.  

Em relação a ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual, contra a Prefeitura de Boa Vista, para que apresente e execute programa de monitoramento trimestral para saber o real número de pessoas vivendo em situação de rua na Capital, o município afirmou em nota  que não tem conhecimento do exato teor da ação.

“A notificação da ação sobre moradores de rua não nos foi enviada. Todavia esclarecemos que temos alertando as autoridades federais sobre o crescimento exacerbado do fluxo migratório, desde outubro de 2016, quando em praças e semáforos era evidente a presença de moradores de rua, até então inexistentes em Boa Vista”, reafirma a Prefeitura de Boa Vista.

O município diz também que o acolhimento de refugiados e solicitantes de residência é de competência do Governo Federal e que deu início, no ano passado, à Operação Acolhida em Roraima, coordenada pelo Exército Brasileiro, em parceria com o Alto Comando da ONU – ACNUR e ONGs humanitárias.

“Em reunião realizada em agosto desse ano, a prefeita Teresa Surita foi ao Ministério Público apresentar mapeamento feito em junho pelo município, justamente para quantificar a real demanda de vulneráveis e cobrar das autoridades competentes, incluindo o MP, ajuda e providências a respeito”, detalha a nota, ao completar que alertou sobre a preocupante situação de crianças nas ruas, reiterando que o Município não tem estrutura nem recursos para solucionar a crise.

A Prefeitura reitera que mesmo assim vem prestando atendimento na saúde, educação, no social e na limpeza urbana. Casos que envolvem crianças em situação de risco nas ruas são encaminhadas ao Conselho Tutelar e ao Abrigo Infantil.

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