Cotidiano

Número de estagiários contratados chega a mil em Roraima

Possibilidade de adequar estudantes a perfil da empresa tem atraído para mais contratações; jovens aprendizes também são cotados em firmas públicas e privadas

Com o mercado de trabalho cada vez mais exigente, jovens buscam pela profissionalização e capacitação desde cedo. Em todo o País, o número de estagiários no primeiro trimestre do ano chegou a 576.983, uma alta de 23,8% em comparação ao ano anterior. As estudantes são maioria no mercado, ocupando 65% das vagas disponíveis.

Em Roraima, os números também apresentam crescimento, com mais de mil estagiários atuando no mercado de trabalho e em torno de 420 jovens aprendizes, de acordo com dados do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). Com parcerias nas unidades de ensino, as áreas de contabilidade, administração e direito são as mais procuradas pelos estudantes. 

De acordo com a supervisora de atendimento da unidade em Roraima, Leidiane Pontes, são empresas privadas, órgãos públicos e de economia mista que possuem vagas disponíveis para atuação dos estudantes. 

“A área do curso tem que ser correlata às atividades que vão executar na empresa. O estagiário não tem vínculo empregatício de qualquer natureza, então vai adquirir uma experiência e vivência profissional”, comentou.

Leidiane destacou que os empregadores procuram pelos estagiários pela possibilidade de moldar o estudante de acordo com o perfil da empresa, já que a maioria é jovem que não teve experiências no mercado de trabalho. Os valores pagos variam de acordo com cada firma, podendo ser de R$ 600 até R$ 1.000. 

JOVENS APRENDIZES – Para os jovens aprendizes, a Lei nº 10.097/10 determina que empresas de médio porte tenham de 5% a 15% de cota obrigatória para os estudantes de 14 a 24 anos que nunca tiveram a carteira de trabalho assinada. Com o contrato, o estudante recebe 2% de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e participa de aulas de capacitação no CIEE por até dois anos.

“A capacitação é uma parceria com a Fundação Roberto Marinho e eles passam os dias nas empresas e vêm para a aula. São teoria e prática para justamente conhecerem a área para qual a empresa vai contratar”, disse a supervisora, acrescentando que a unidade tem três novas modalidades nas áreas de agronegócio, magarefe e mecanização. 

PLATAFORMA – Além de ofertar estágio e a aprendizagem de forma gratuita para o estudante, o CIEE está concluindo uma plataforma on-line para cursos gratuitos que o estagiário pode fazer durante o período em que está empregado. Para os interessados, basta entrar no site da instituição  e se cadastrar. Caso não tenha acesso à Internet, é possível comparecer à unidade localizada na Rua Cecília Brasil, Centro. 

Leidiane Pontes destacou que, após o cadastro, caso surja uma vaga na área desejada pelo estudante, a entidade irá entrar em contato para os trâmites da contratação. 

“É importante porque desenvolve o jovem que vem sem experiência. Quando eles conseguem uma oportunidade como essa, vislumbram um futuro promissor de contratação. A maioria dos jovens é socialmente vulnerável. Participamos para que eles tenham um norte na vida”, enfatizou. (A.P.L)