Polícia

“Abordagem questionável e fantasiosa”, diz delegado detido pela PM

O delegado afirma que a alegação de que teria disparado a arma, e dirigido embriagado são descabidas

O delegado de Polícia Civil, João Evangelista dos Santos, emitiu um posicionamento sobre os fatos ocorridos neste sábado, 2, quando ele e um escrivão foram abordados por policiais da Força Tática do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar de Roraima, por suspeita de estar dirigindo alcoolizado e de ter atirado em uma via pública. Em sua nota, o delegado definiu a abordagem da PM como “questionável” e “fantasiosa”.

Confira a nota da íntegra:

Pessoal, estou passando apenas para esclarecer alguns fatos recentemente divulgados nas redes sociais sobre minha pessoa.

Primeiramente, estou à frente de uma investigação de grande complexidade e que irá clarear os bastidores da execução de um crime que abalou a cidade!

A abordagem policial ocorrida ontem, realizada por uma guarnição do BOPE, depois de uma denúncia de um policial militar é, no mínimo, QUESTIONAVEL, considerando que a pessoa abordada é justamente o presidente da investigação sobre uma milícia armada;

A alegação de que efetuei disparos de arma de fogo em via pública cai por terra quando se observa que minha arma estava com carregador cheio!

Em seguida, a alegação de embriaguez ao volante também é totalmente descabida, pois não havia sintoma algum de alcoolemia que sustentasse a acusação;

Foram acostados ao procedimento dois exames de COVID-19, um relatório policial indicando ausência de sintomas de alcoolemia, dois termos de depoimentos confirmando a inexistência de indícios de conduta ilícita e, por fim, laudo preliminar indicando ausência de sintomas de ingestão de bebida alcoólica.

Como não se sustentaram as alegações, buscou-se atribuir ao passageiro que estava comigo a conduta ilegal ora fantasiosa.

O que se pode tirar de conclusão de tudo isso: O SISTEMA É BRUTO!!!! Fazer o certo e incomodar os grandes têm consequências!

Vamos continuar firmes nessa luta, agora mais ainda!

Professor João Evangelista.

Delegado de Polícia Civil/ Força Tarefa