Polícia

Deputado pede transparência na aplicação de recursos 

Ideia é que a população tenha acesso à forma como é gasto recursos enviados à Operação Acolhida

O trabalho desenvolvido pela Operação Acolhida em Roraima, de recepção e abrigamento de migrantes venezuelanos, foi alvo de críticas por suposta falta de transparência na aplicação de recursos e da forma como os valores são gastos.

A cobrança foi feita pelo deputado Jeferson Alves (PTB). Segundo ele, a população precisa ter acesso, de uma forma mais clara e objetiva, de como os trabalhos são conduzidos pela Operação Acolhida no Estado.

O deputado explica ainda que irá pedir a colaboração de outros parlamentares estaduais e em especial os da bancada federal de Roraima, para cobrar maiores esclarecimentos sobre o volume de recursos que veio ao Estado desde a instauração das ações em Roraima.

O questionamento deve ser estendido a outros representantes do governo Jair Bolsonaro (PSL), como a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, que deve vir a Roraima esta semana, e até o ministro da Justiça, Sérgio Moro.

“Eu vou intensificar essas cobranças. A gente precisa abrir essa caixa-preta. A população tem o dever de saber como que está sendo gasto esse dinheiro. São mais de R$ 500 milhões de reais. Dividindo pelo tempo de atuação, dá mais de R$ 20 milhões por mês e não tem transparência na aplicação do recurso, ninguém sabe como é gasto. Não é por que há um general do Exército à frente da Operação que precisamos dizer ‘sim’ para tudo. Não estamos na ditadura. Nós vivemos em um país democrático e eu vou questionar o que achar errado”, frisou Alves.

O deputado citou que já participou de reuniões promovidas pela Operação Acolhida, onde foram apresentados dados das ações efetuadas aos migrantes, porém, acredita que as informações apresentadas não condizem com a realidade vivida pelo Estado.

“Na reunião que eu estive, a impressão é que não falta remédio, alimentação e abrigo para venezuelanos. Mas se for no Hospital Geral a demanda é grande, na Maternidade, na Segurança Pública, como a demanda aumentou dez vezes mais. Eu não posso ficar calado vendo o que estamos enfrentando. Eu não posso ficar tachado de omisso. Eu vou questionar o que está errado”, frisou.

OUTRO LADO – Em nota, a Assessoria de Comunicação da Força Tarefa Logística Humanitária afirmou que todos os contratos da Operação Acolhida são feitos pelo Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), entrando automaticamente no Portal da Transparência, tendo seu acesso público. “Quaisquer outras dúvidas em relação aos recursos financeiros poderão ser solicitadas à Assessoria de Comunicação da Casa Civil”, finalizou a nota. (P.C.)