Polícia

Donos de balsas e maquinários em garimpos ilegais são alvos da PF

O inquérito policial indica que dois suspeitos seriam responsáveis por operações de exploração de garimpo ilegal

Três mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos pela Polícia Federal que deflagrou na manhã desta quinta-feira, 26, a operação Rêmora, que visa desarticular uma associação criminosa suspeita de coordenar atividade de garimpo ilegal na Terra Indígena Ianomâmi.

Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal em Roraima, após representação da Autoridade Policial e manifestação favorável do Ministério Público Federal.

As investigações tiveram início em 2018, após uma ação do exército abordar suspeitos que estariam levando pessoas, mantimentos e materiais diversos em um caminhão para áreas de garimpo às margens do rio Uraricoera.

Ouro encontrado em uma lixeira na residência de um dos alvos (Foto: Divulgação/PF)

O inquérito policial indica que dois suspeitos seriam responsáveis por operações de exploração de garimpo ilegal localizado na Terra Indígena Ianomâmi. Eles contariam com maquinário e balsas para a extração de ouro na região, recrutando e gerenciando garimpeiros e mergulhadores em suas atividades.

Além da própria exploração, também seriam responsáveis pela logística e envio de insumos e materiais para viabilizarem o crime de outros garimpeiros da região, como o de um terceiro suspeito, alvo da operação de hoje. Eles enviariam itens como combustíveis, alimentos e equipamentos, dos quais dependem as atividades mineradoras ilícitas.

*O nome da operação faz alusão à rêmora, um peixe que estabelece relação de comensalismo com predadores maiores e mais capazes e sobrevivem graças as sobras alimentares destes, em situação análoga a dependência dos “pequenos” garimpeiros às atividades dos maiores.