Polícia

Ex-presidiário morre após troca de tiros com a polícia

O tiroteio aconteceu após a polícia averiguar denúncia de tortura e cárcere privado. O suspeito estava com arma da PM

O ex-presidiário Denilson Rodrigues, de 42 anos, morreu após uma troca de tiros com homens do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) que investigavam uma denúncia de cárcere privado e ameaças. A vítima foi autora da denúncia e relatou que estava sendo mantida em cárcere privado.

Além disso, a mulher ainda revelou que havia passado a noite sofrendo tortura psicológica e agressões múltiplas praticadas pelo infrator, inclusive golpes com a coronha de armas de fogo. Ela contou ainda que o agressor era ex-detento e que tinha sido preso por homicídio praticado no Estado do Amazonas e por tráfico de drogas em Roraima. 

Diante dos fatos, duas equipes da Força Tática deslocaram-se até o endereço onde o sujeito estava, na rua Davi Cruz, bairro Calungá, Ao ser realizada a abordagem tática, entraram no imóvel, mas quando chegaram a um dos quartos os policiais foram recebidos a tiros pelo suspeito. A equipe revidou à agressão de maneira proporcional e atingiu o elemento com dois tiros que acertaram o peito. Depois de desarmado, foi prestado socorro imediato ao infrator, sendo encaminhado ao Pronto Socorro Francisco Elesbão, no Hospital Geral de Roraima (HGR).

Apesar do atendimento da equipe médica, o indivíduo não resistiu aos ferimentos e foi atestado o óbito pelos plantonistas. 

Foi apreendida uma arma de fogo, marca Taurus, calibre .38, patrimônio da PMRR, e três invólucros de produtos aparentando ser crack e maconha. A denunciante agredida permaneceu no HGR sob observação médica com vários cortes e hematomas pela cabeça e outras partes do corpo. Ela ainda contou que durante toda a noite em que antecedeu a morte de Denilson, ele fez consumo de drogas e bebidas alcoólicas e fazia ameaças de matá-la e matar sua filha.

Em consulta à Dicap, a Força Tática descobriu que o indivíduo era descrito como membro do crime organizado e que tinha as alcunhas de “Koko louco”, “Cochiado”, “Maresia” ou “Califórnia”, conforme ficha carcerária. A ocorrência foi entregue na Central de Flagrantes do 5o DP para as providências previstas em lei. (J.B)