Polícia

Homem é agredido por populares após tentar matar esposa com facão

O filho da vítima, de 15 anos, tentou impedir o ataque e foi ferido na mão


Uma briga de casal quase se tornou uma tragédia maior na noite deste sábado (4). Um homem foi agredido por populares após tentar matar a esposa com um facão no bairro Silvio Botelho, zona Oeste de Boa Vista. O filho da vítima, um adolescente de 15 anos, impediu e foi ferido em uma

das mãos.

De acordo com o adolescente, o casal iniciou uma discussão pela parte da noite e em seguida, o homem teria saído de casa.

Ainda conforme ele, o padrasto voltou pelos fundos do quintal que é dividido por cercas de madeira e no momento que o adolescente viu a ação, correu para impedir. Ao colocar a mão para se defender, o menino sofreu um corte com o facão. A mulher estava dentro de casa quando tudo

aconteceu.

Logo após o fato, o garoto conta que o padrasto pulou novamente a cerca, jogou o facão na rua e tentou fugir, mas foi pego e agredido por populares.

A Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência de agressão e conduziu o homem para o Pronto Socorro Francisco Elesbão devido a gravidade dos ferimentos.

À reportagem da Folha, o filho contou que as brigas eram constantes e que o padrasto já havia ameaçado sua mãe de morte por pelo menos outras duas vezes. A outra filha da mulher, uma jovem de 22 anos, disse que já tinha pedido para a vítima encerrar o relacionamento, pois já tinha se cansado de vê-la sofrer.

O casal está junto há um ano e quatro meses. “Já tem outros casos que ele a ameaça. Eu já falei pra ela que se não dá certo, era pra separar e que ia apoiar ela em tudo, mas não posso tomar decisões por ela. Não aguento mais isso. Ele chega bêbado e fica gritando com ela, ameaçando. Qual filho que vai ver a mãe apanhar e não vai querer apartar? Quase tive depressão por conta disso tudo”, disse a filha da vítima.

A mulher e os dois filhos foram encaminhados à Central de Flagrantes no 5º Distrito Policial para registrar boletim de ocorrência contra o acusado. A vítima não quis conversar com a reportagem pois estava bastante nervosa e chorava muito. Até o final dos procedimentos, o homem permanecia sendo observado pela equipe médica do Hospital Geral de Roraima (HGR).