Polícia

Homem é preso por transportar 600 munições em ônibus interestadual

Um homem que trabalha como agente de trânsito em Manaus, de 50 anos, foi preso por volta das 6h dessa quinta-feira, 22, no Posto de Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Unidade Água Boa, localizado na BR-174, próximo ao Igarapé Água Boa. Ele estava responsável pelo transporte de uma grande quantidade munições de calibre 16 e usava um ônibus que faz o trajeto Manaus x Boa Vista para carregar a mercadoria.

Conforme um dos agentes da PRF relatou na Delegacia, em depoimento, fez buscas nas bagagens dos passageiros, por ser um procedimento de rotina e, juntamente com outros colegas, observaram que havia uma sacola de fibra com formato que chamou atenção devido ao peso e o barulho que o conteúdo fazia todas as vezes que era chacoalhado.

Ao verificarem, perceberam que se tratava de duas caixas grandes contendo, em cada uma delas, 10 caixas pequenas que armazenavam 30 munições, portanto, havia um total de 600 munições. Como na bagagem tinha a identificação do passageiro, os policiais pediram auxílio do motorista que, por sua vez, identificou o suspeito. O homem confessou que era dono das munições e que o objetivo era comercializar o produto em Boa Vista.

Ele também disse que comprou cada caixa pequena por R$ 135 na intenção de vender por R$ 200. Diante da ocorrência, o indivíduo foi conduzido à Central de Flagrantes do 5o DP para que as providências legais fossem adotadas. A reportagem da Folha teve acesso ao depoimento do suspeito, no qual relatou trabalhar como agente de trânsito há 8 anos com um salário de R$ 4 mil, que tem três filhos menores de 18 anos, casa própria e nunca tinha sido preso ou processado anteriormente, mas reafirmou que era o dono da munição.

Por outro lado, também afirmou que não é membro de facção, mas mudou a versão quando disse que o destino final das munições era o município de Pacaraima. Também negou que a mercadoria seria levada para as regiões de garimpo. Ainda informou que tem a nota fiscal das munições, mas não estavam disponíveis naquele instante. Apesar de reconhecer que não tinha documento que autorizava a venda dos produtos, mas por imaginar que eram munições de caça, acreditava que poderia transportá-las.

Considerando as peculiaridades do caso, a autoridade lavrou o Auto de Prisão em Flagrante (APF) contra o suspeito que, ao fim dos procedimentos, foi encaminhado para audiência de custódia com a Justiça. (J.B)