Polícia

Idoso é amordaçado, amarrado e morto dentro de sua própria casa

#SemTempo? Confira o resumo da matéria:

O aposentado Antonio Nunes dos Santos, de 63 anos, foi torturado e morto dentro de sua residência que fica na rua Jaçanã, bairro Jardim Privamera, no fim da noite dessa quinta-feira, dia 09. Ele foi amordaçado, amarrado e agredido ao ponto de ficar com o rosto desfigurado. Seu corpo foi jogado no quintal da casa. A vítima estava usando apenas cueca. Os dois suspeitos do crime foram presos.

Mais um assassinato contra vulnerável foi registrado em Boa Vista na noite da quinta-feira, dia 09, na rua Jaçanã, bairro Jardim Primavera, quando o aposentado Antonio Nunes dos Santos, conhecido como “Ceará”, de 63 anos, foi encontrado sem vida dentro de sua residência, com uma mordaça e uma camisa enrolada em seu pescoço, além de ter ficado com o rosto desfigurado. O caso se trata de um latrocínio, que é o roubo seguido de morte.

A Polícia Militar relatou que foi acionada e assim que chegou ao endereço encontrou o portão aberto, com marcas de sangue no chão da sala e na parede lateral da casa. O corpo foi visto mais à frente e estava vestido apenas com uma cueca, com as mãos amarradas e amordaçado com uma blusa estampada feminina, além de uma camisa ao redor do pescoço com um nó muito apertado.

Os sinais eram de tortura e em decorrências das agressões a vítima ficou com o rosto irreconhecível, além dos hematomas presentes em todo o corpo, inclusive suas mãos estavam muito feridas, revelando que possivelmente o idoso travou luta corporal com o criminoso, na intenção de se defender.

Uma testemunha relatou que Antonio morava sozinho e nessa semana uma jovem de 22 anos passou a frequentar a casa dele diariamente. A informante contou aos policiais que a suspeita é conhecida no bairro pela prática de furtos e por ser usuária de drogas. Por fim, a testemunha ressaltou que havia alertado a vítima sobre o risco de ter a jovem em sua casa, mas ele não seguiu seus conselhos.

A vizinha revelou que viu o exato momento em que a suspeita saiu da casa da vítima, mas não recorda o horário. No entanto, ao chegar do trabalho, a mulher contou que viu o portão aberto, mas não viu Antonio, o que lhe causou estranhamento porque a vítima costumava manter o portão fechado, por isso resolveu averiguar. Ela bateu palmas, chamou e ninguém atendeu.

Ela resolveu entrar na residência e notou a desordem, com manchas de sangue no chão e roupas espalhadas por todos os cômodos e ao sair da casa, avistou o corpo da vítima no chão, próximo a uma construção, no quintal.

A Perícia realizou os procedimentos técnicos e uma equipe do Instituto de Medicina Legal (IML) fez a remoção do corpo para realização de exame cadavérico. Policiais civis que atuam na Delegacia Geral de Homicídios (DGH) também iniciaram as investigações naquela mesma noite. Na manhã de ontem, dia 10, familiares fizeram a liberação para funeral e sepultamento. Conforme o laudo, cuja cópia foi entregue à família, a causa da morte foi politraumatismo e traumatismo craniano. (J.B)

Policiais conseguem prender suspeita do crime próximo à casa da vítima

O crime aconteceu na rua Jaçanã, bairro Jardim Primavera (Foto: Divulgação)

Já sabendo do crime, a PM iniciou os procedimentos para localizar os autores. Populares disseram para os policiais que viram a suspeita na avenida Flamboiant, no mesmo bairro da ocorrência, discutindo com um elemento que estava aparentemente ferido, pois tinha os braços enfaixados. Diante das informações, a guarnição pediu que uma outra viatura fosse ao endereço e lá encontraram a jovem deitada numa rede. Ela foi reconhecida pela testemunha.

Em consulta ao sistema da Divisão de Inteligência e Captura da Secretaria de Justiça e Cidadania (Dicap/Sejuc), constatou-se que havia contra ela um mandado de prisão para ser cumprido. Ela tinha um hematoma no olho esquerdo, mas alegou que foi um soco que levou do ex-marido por não querer fugir com ele para o interior do Estado.

Sobre o crime, ela confessou que foi convidada para roubar a vítima junto com o ex-marido, mas se recusou e preferiu aguardar do lado de fora. Depois de 40 minutos o autor do crime saiu carregando uma botija de gás e um aparelho de som. Ao ser questionada sobre o paradeiro do sujeito, ela informou que ele estaria na casa da mãe, mas não foi encontrado. Ela foi conduzida para a Delegacia e como não havia provas concretas de sua participação no crime, foi liberada da acusação, mas como tinha um mandado de prisão em seu desfavor, permaneceu presa. (J.B)