Polícia

Menina denuncia estupro e padrasto é agredido por populares

Uma menina de apenas quatro anos denunciou para a avó paterna que foi abusada sexualmente pelo padrasto, de 26 anos. A Polícia Militar realizou a prisão do acusado na noite desta quarta-feira (26) após ele ser detido e quase linchado por populares, no Centro de Boa Vista.

À Folha, a tia da vítima relatou que o caso foi descoberto após a mãe da menina deixá-la na casa de uma desconhecida no bairro Caetano Filho, mais conhecido como “Beiral”. Após receberam a ligação para buscá-la, a avó deu banho e quando foi enxugar as partes íntimas da criança, ela reclamou de dores na região.

“A minha mãe perguntou o que aconteceu e ela dizia que não tinha acontecido nada, mas quando viu, estava ‘mexido’. Ela perguntou de novo o que aconteceu e minha sobrinha disse que foi o padrasto. Ela contou que ele a chamou para debaixo de uma mangueira, colocou a mão dentro da roupa dela e inseriu o dedo”, narrou a tia, que também informou não ter sido a primeira vez, segundo a menina. 

Revoltados com a situação, os familiares acionaram a Polícia e informaram a possível localização do indivíduo. Ao saber da acusação, os populares encontraram o homem, o amarraram e por pouco não o lincharam antes da chegada da guarnição. Ele foi ferido com socos, pedras e outros objetos. 

A mãe da menina também estava no local e tentou argumentar que o companheiro não era o autor do estupro, mas não soube apontar um responsável pelo crime. Segundo familiares da criança, a mulher é usuária de drogas e sempre deixava a vítima sozinha com o suspeito.

Após receber atendimento médico, o acusado foi conduzido à Central de Flagrantes e esteve detido enquanto o exame pericial era feito na criança. A reportagem entrou em contato com o delegado plantonista que atendeu o caso e ele informou que o laudo não apontou lesões e, por este fato, o homem foi ouvido e liberado. Ainda conforme ele, o caso será investigado pelo Núcleo de Proteção à Criança e Adolescente (NPCA) e tanto o acusado quanto a mãe, serão investigados.

CASO RECENTE – Um bebê de dois anos morreu em decorrência da violência sexual, com hemorragia aguda no último sábado (22). O acusado do crime é o padrasto da vítima, de 27 anos, que foi preso preventivamente, assim como a mãe do menino, de 19 anos.

O crime aconteceu durante a tarde de sexta-feira (21), no Projeto de Assentamento Bom Jesus, no município de Amajarí, região Norte do Estado. A situação só veio à tona após a criança chegar sem vida ao hospital do município por volta das 3h de sábado (22). A Polícia Militar foi acionada pela equipe médica, pois o menino apresentava hematomas no rosto, no tórax e nos braços, além de hemorragia anal.

No hospital, a mãe da criança disse que o garoto tinha passado mal após comer um pedaço de bolo e que tinha chegado a vomitar. O corpo da criança foi removido ao Instituto Médico Legal (IML) para passar pelo exame cadavérico. Lá, a equipe confirmou a violência sexual provocada por penetração no ânus, que causou o rompimento de órgãos internos da criança.