Quatro indivíduos, incluindo um militar do Amazonas, foram presos no bairro Professora Araceli Souto Maior, após roubarem um policial militar e um agente penitenciário por volta das 22h50 dessa quarta-feira, 18, na região do Murupu, zona Rural de Boa Vista. Com os sujeitos foi apreendido um farto material que é de propriedade da Polícia.
O agente penitenciário relatou que voltava de Pacaraima quando na altura do quilômetro 100, da BR-174, ficou sem combustível e entrou em contato com seu cunhado que é policial militar, pedindo ajuda. Na intenção de ‘tirar do prego’ o cunhado, o PM foi ao seu encontro, mas levou consigo a família.
No retorno para Boa Vista, num trecho esburacado, um veículo L-200 entrou na frente da S-10 fazendo com que reduzisse a velocidade, momento em que o veículo Prisma posicionou-se ao lado e, com arma em punho, um indivíduo pediu que o motorista parasse.
Três pessoas abordaram os ocupantes da S-10 afirmando que eram policiais e que todas as vítimas estavam presas porque faziam transporte ilegal de valores. Na dúvida de que poderia se tratar de uma operação legítima e com medo de uma troca de tiros, o PM e o agente penitenciário entregaram suas armas. A família do policial militar foi deixada no local da abordagem criminosa, mas ele e o agente foram feitos de reféns depois de serem amarrados. Além disso, os dois reféns levaram socos e coronhadas no rosto e gás de pimenta nos olhos, enquanto os bandidos exigiam algo de valor para liberá-los. O sargento da PM ouviu um dos elementos, que usava uma máscara de pano preta, lhe chamar de “zero um”, linguagem usada por militares, como se lhe conhecesse.
Percebendo que poderiam ter cometido um erro, os assaltantes liberaram as duas vítimas nas proximidades do Balneário Murupu, de onde eles acionaram a PM por meio do Whatsapp e do número 190. As armas das vítimas e um aparelho celular foram levados pelos criminosos. Na busca pelos bandidos, os policiais encontraram o veículo Prisma em um buritizal, com as quatro armas no banco traseiro. As armas foram retiradas do interior do veículo e os militares fizeram uma campana, entendendo que os bandidos retornariam para fazer o resgate do veículo e do material que haviam roubado. (J.B)
