Polícia

PF é recebida a tiros na casa de dono de faculdade Nilton Lins no Amazonas

O relato é que policiais federais foram recebidos a tiros pelo empresário durante cumprimento de mandados na residência dele

A Polícia Federal no Amazonas (PF-AM) deflagrou a quarta fase da Operação Sangria, para investigação de possíveis desvio de recursos públicos para covid-19, pertencimento a organização criminosa e fraude a licitação. Entre os alvos da operação estão o governador do Amazonas, Wilson Lima e os empresários responsáveis pela faculdade e hospital universitário Nilton Lins. O relato é que policiais federais foram recebidos a tiros pelo empresário durante cumprimento de mandados na residência dele.

Segundo a PF-AM, a ação visa a cumprir 25 mandados judiciais, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo 19 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão temporária, cumpridos na cidade de Manaus/AM e Porto Alegre/RS, além de sequestro de bens e valores.

Segundo as investigações, há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do Governo do Estado, de um hospital de campanha.

De acordo com os elementos de prova, ele não atende às necessidades básicas de assistência à população atingida pela pandemia COVID-19, bem como coloca em risco de contaminação os pacientes e os funcionários da unidade.

Verificou-se, ainda, que contratos das áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, todos os três firmados em janeiro de 2021 com o Governo do Amazonas, cujos serviços são prestados em apoio ao hospital de campanha, contêm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados.

Os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa e, se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão.

TIROS – Conforme informações do portal Amazonas Atual, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo afirmou, no início da sessão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) desta quarta-feira, em Brasília, que os policiais federais que cumpriram os mandados judiciais de prisão na quarta fase da Operação Sangria foram recebidos a tiros pelo empresário ligado à faculdade.

“Hoje pela manhã, nós tivemos uma operação na cidade de Manaus e teve um incidente bastante sério. Eu queria comunicar à corte em razão de, no cumprimento de um mandado de busca a polícia federal foi recebida a tiros. Foi uma situação bastante constrangedora e perigosa em Manaus”, disse.
Nilton Lins que é amazonense, teria se refugiado nas dependências de um consulado em Manaus.

Em 2015, foi inaugurado o Consulado Honorário da Suécia em Manaus. O Consulado está localizado nas dependências da Reitoria da Universidade Nilton Lins, localizado no bairro Flores.

Secretário estadual de saúde do Amazonas está foragido

Lindôra Araújo também informou que o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, está foragido. “Também temos um foragido que é o secretário Marcellus Campelo. (…) Então, só queria deixar isso comunicado, tendo em vista que foi uma operação de busca e apreensão e também prisões. Como ocorreu pela manhã e houve um tiroteio, é a primeira vez que eu, em 30 anos, vi ocorrer alguém receber numa busca e apreensão”, disse Lindôra.