Polícia

Piloto paraense desaparece na Terra Indígena Yanomami

Familiares decidiram fazer uma campanha nas redes sociais para arrecadar fundos para cobrir as despesas das buscas

Uma aeronave que decolou no dia 24 de junho da vila Campos Novos, em Iracema, Sul de Roraima, com destino a uma região de garimpo na Venezuela, chamado de Pista Nova, perdeu-se no meio do caminho de volta. A bordo estava o paraense Robert Bento dos Santos Menegace, de 26 anos. Não se sabe se o piloto sofreu uma queda ou se conseguiu fazer um pouso forçado, e muito menos se ainda está vivo.

Conforme o jornal Diário do Pará, familiares contam que o monomotor no qual ele viajava teria sofrido uma pane e feito pouso forçado em uma área de floresta, na fronteira entre o Brasil e o país vizinho.

Segundo os pais do piloto paraense, Robert transportava mantimentos para o garimpo. Ele teria conseguido fazer a primeira parte da viagem, entregando a carga sem maiores problemas. Contudo, o acidente teria ocorrido quando ele estava retornando para o território brasileiro.

Relatos de indígenas que habitam a região informam que uma aeronave monomotor teria sido vista voando em baixa altitude, aparentemente em virtude de problemas mecânicos. Logo em seguida, o pequeno avião teria desaparecido em meio a mata fechada.

Alguns familiares de Robert, que moram em Novo Progresso, no Sudoeste do Pará, estão em Boa Vista para acompanhar as buscas. Um grupo de aproximadamente 20 indígenas que conhecem a região estão empenhados em encontrar o piloto. Um amigo de Robert, que também é piloto, está auxiliando os esforços fazendo sobrevoos pela área onde a aeronave foi vista pela última vez.

Esta teria sido a primeira viagem profissional de Robert, conforme os próprios familiares. No entanto, por estar ligado à aviação desde os 17 anos, acredita-se que ele estava capacitado para lidar com uma pane mecânica durante um voo ou algum problema causado pelo clima da região.

Como a área onde o avião caiu está no território venezuelano, dentro da Terra Indígena Yanomami, os familiares optaram por não registrar do desaparecimento para as autoridades de Roraima. No entanto, eles decidiram fazer uma campanha nas redes sociais para arrecadar fundos para cobrir as despesas das buscas.