Polícia

Polícia Civil investiga vídeo de sexo entre supostos adolescentes

Apesar das fortes imagens, criminalistas ouvidos pela Folha afirmaram que só pode caracterizar crime se houver denúncia formal da vítima ou autoridades.

Em um vídeo em que três supostos adolescentes estariam mantendo relação  sexual com uma menina, aparentemente menor de idade, as cenas chocam pelas fortes imagens. 

A garota estaria sob efeito de substâncias entorpecentes (álcool, drogas, remédios, entre outros) e os rapazes, além de manterem relação sexual, ainda fazem chacota com o estado da menina.

Em entrevista à FolhaBV, o delegado-geral da Polícia Civil de Roraima, Herbert de Amorim Cardoso, disse ter tomado conhecimento do vídeo no último dia 28 e assim que soube do ocorrido encaminhou para a Delegacia de Defesa da Infância e Juventude (DDIJ), que já iniciou os procedimentos de investigação, entre eles análise do vídeo e o levantamento das circunstâncias em que ocorreu o suposto crime.  

A FolhaBV teve acesso ao conteúdo dos vídeos, mas, por respeito às famílias dos envolvidos, decidiu não publicar, mesmo sem a identificação dos mesmos. Extraoficialmente a reportagem foi informada que o Ministério Público já estaria atuando no caso.

CRIME DE ESTUPRO – A FolhaBV ouviu o advogado criminalista Bruno Sobral e ele explicou que, apesar das imagens, só se pode tratar como crime de estupro, após denúncia da vítima ou autoridades terem sido formalizadas.

Além disso, o advogado explicou que por se tratar supostamente de adolescentes, os mesmos poderão responder como ato infracional.

“Se na época do suposto crime, os infratores eram menores de idade, e agora mesmo já sendo maiores, responderão por ato infracional, onde serão aplicadas medidas socioeducativas. Mas para isso, a denúncia precisa ser formalizada a uma autoridade policial e passar por investigação”, acrescentou o criminalista.

MPRR – A FolhaBV entrou em contato com o Ministério Público de Roraima (MPRR) que por meio de nota informou que a Promotoria de Justiça da Infância e Juventude recebeu a denúncia referente ao caso no último dia 28 de maio e, na sexta-feira, 29 de maio, representou contra os envolvidos na Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Boa Vista. A Promotoria de Justiça da Infância reitera que todos os casos que têm a participação de adolescentes, assim como esse, tramitam em segredo de justiça.

Matéria atualizada às 09h15 do dia 1º de junho