Polícia

Resgate dos corpos não foi feito por forças oficiais, diz PM

Os corpos das três vítimas do acidente aéreo ocorrido na última quarta-feira (5), na região de Mucajaí, não foram resgatados por quaisquer forças oficiais, segundo a Polícia Militar do Estado de Roraima (PMRR). A queda da aeronave teria ocorrido em uma serra, próximo à pista do Rangel, em área de mata fechada e de difícil acesso, cujo local exato as guarnições não conseguiram encontrar.

Conforme o comandante-geral da PMRR, coronel Elias Santana, as equipes dos municípios de Alto Alegre e de Mucajaí foram deslocadas para a ocorrência.

“Foram feitas inúmeras incursões. Adentramos fazendas, percorremos quase todas as vicinais onde presumivelmente teria ocorrido o acidente, mas não foi possível encontrar o local (…). Nós não temos a menor ideia de como esses corpos foram resgatados, porque não tivemos acesso ao local do acidente, não sabemos de que forma, como e nem por quem foram resgatados. Não temos qualquer ideia a respeito dessa situação”, disse o coronel Santana.

A Folha apurou que o resgate do corpo do piloto Lucas Rangel foi feito por amigos aviadores, que ao tomarem conhecimento da queda realizaram buscas pela região e localizaram a aeronave com os três ocupantes, mas realizaram o resgate apenas de Lucas.

O corpo do piloto foi levado para Itaituba, no estado do Pará, cidade natal do jovem, para a realização de velório e sepultamento. A reportagem entrou em contato por telefone com o pai da vítima, Luíz Henrique Macêdo, mas ele preferiu não falar sobre o resgate.

Fontes extraoficiais da Folha apontam que o resgate dos outros passageiros identificados como Agnaldo Rosa da Costa e Ademir Silva, foi feito por garimpeiros, já que a queda da aeronave ocorreu em área próxima à região de exploração de minérios e isto teria sido feito para evitar a presença de policiais no local.

Ainda conforme a fonte, o Instituto Médico Legal (IML) não foi acionado para realizar o resgate dos corpos em Mucajaí, que foram entregues na sede, em Boa Vista, na noite desta quinta-feira (6). A Folha procurou a Polícia Civil para solicitar mais informações a respeito de como foi feita a entrada dos cadáveres na unidade, mas até o fechamento desta matéria não tivemos resposta.