Polícia

Técnico em enfermagem é preso por suspeita de estelionato 

Um técnico em enfermagem, de 34 anos, entrou na noite dessa quinta-feira, 5, por volta das 18h, em uma casa lotérica que fica no bairro Cambará, apresentou alguns boletos e na hora de pagar o limite diário de saque havia excedido, o que provocou o início de uma confusão.

A funcionária do estabelecimento contou, na Delegacia, que fez a operação como de costume. “O atendimento foi por volta das 18h, apesar da Casa Lotérica fechar às 17h30. A gente atende quem está dentro. Ele chegou para fazer o pagamento dos boletos, entregou para a caixa efetuar a operação. Em seguida, a atendente pediu o valor das contas, mais de R$ 1.600,00. Ele entregou o cartão para sacar o valor do pagamento, mas foi informado pelo sistema que já tinha excedido o limite de saque por dia no cartão”, declarou.

Sem o valor total necessário para pagar a conta, a gerente da Casa Lotérica fez o cancelamento de um dos boletos e pediu que fosse realizado o pagamento dos demais. “Mas ele se recusou a pagar, dizendo que não queria mais pagar os boletos e informou que iria embora. A gente só conseguiu ficar com ele lá dentro porque dois outros clientes que iriam ser atendidos, viram a confusão e fecharam a porta para ele não sair. Ele tinha dinheiro na conta para pagar o boleto. Ele é que se recusou a pagar.”, explicou.

Diante da situação a Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência. A operadora de caixa ressaltou que eram dois boletos: um no valor de R$ 829,39 e outro de 831,36. Após a quitação dos boletos, o homem informou que não teria dinheiro para pagar, mas que a atendente poderia sacar de seu cartão e pagar.

Depois de uma tentativa, a funcionária descobriu que só era possível pagar um boleto, porém, o suspeito passou a dizer que não pagaria nada e que depois iria negociar com a Caixa Econômica, fato presenciado pela guarnição da PM.

Os policiais desconfiaram que o homem estaria tentando praticar um estelionato, por obter vantagem de forma ilícita, dando prejuízo alheio e, por isso, conduziram todos os envolvidos para a Delegacia, a fim de que a autoridade policial tomasse conhecimento dos fatos e procedesse conforme a lei.

Na Central de Flagrantes, o suspeito alegou que não usou de má-fé para pagar os boletos e atribuiu a confusão a uma falha da operadora de caixa. “Eu fui com a boa intenção de pagar dois boletos bancários. Chegando lá, penso que a funcionária errou o procedimento. Em vez de fazer primeiro o saque com meu cartão de débito, ela pagou primeiro. Eu não quero me responsabilizar por um erro que não cometi. Um erro humano e não de sistema. Eu não quero pagar pelo erro do outro. Espero que eu esteja certo”, acrescentou.

Ao ser questionado se tentou fugir, o suspeito disse que não gostaria de se manifestar. O tio e uma irmã foram informados sobre o caso e lamentaram o ocorrido, salientando que o homem sofre de transtornos mentais. A autoridade policial analisou e tipificou o caso como estelionato, segundo art. 171 do Código Penal Brasileiro (CPB). O suspeito ficou detido numa das celas do 5o DP até a manhã de ontem, 6, quando foi levado para audiência de custódia com a Justiça. (J.B)