Polícia

Venezuelano é espancado e asfixiado até a morte 

A manhã dessa quinta-feira, dia 12, foi bastante agitada dentro da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), quando agentes penitenciários foram chamados para entrar na ala 5 e atender ao detento José Rafael Nunez Sandoval, de 45 anos, que estava inconsciente. Dentro da cela que divide com outros indivíduos de origem venezuelana, a vítima estava com o rosto bastante ferido e sem sinais vitais.

Assim que a morte foi confirmada, policiais da Delegacia Geral de Homicídios (DGH) foram acionados, juntamente com a Perícia Criminal e o rabecão do Instituto de Medicina Legal (IML). Ao fim dos procedimentos técnicos, o corpo foi removido do local para ser submetido a exame de necropsia.

A morte, de acordo com as informações do IML, foi causada por asfixia. No entanto, o laudo, gerado a partir do exame, revela que a vítima teve vários hematomas no rosto, principalmente na boca e na região dos olhos. A principal suspeita é que depois de sofrer a lesão corporal, o homem tenha sido enforcado.

“Foi venezuelano contra venezuelano. Eles fazem parte de uma facção do país deles e pode ter sido um acerto de contas. A vítima já era um senhor. Bateram nele, estrangularam, estava todo roxo e havia defecado de tanta pancada”, disse um dos agentes.

Como as visitas estavam marcadas para a manhã dessa quinta-feira, foi necessário informar às famílias sobre a ocorrência e o cancelamento das entradas na Unidade Prisional, inclusive, quem já havia entrado precisou ser retirado rapidamente.   

A Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania) confirmou a morte do preso, mas informou que a causa da morte era desconhecida, mas que seria investigada pela Polícia Civil. Por fim, esclareceu que as visitas foram suspensas por medida de segurança e voltam ao normal nesta sexta-feira, dia 13.

José Rafael deu entrada na Pamc no dia 11 de novembro deste ano e respondia pela prática do crime de roubo, como prevê o art. 157 do Código Penal Brasileiro (CPB). O flagrante foi lavrado em Pacaraima, onde ocorreu o assalto.

Até o fim da tarde de ontem, nenhum familiar da vítima compareceu ao IML para fazer o reconhecimento e liberação do corpo para funeral e sepultamento. Os presos que estão na mesma cela serão ouvidos e assim que os autores forem identificados serão enquadrados pelo crime de homicídio e sofrerão sanções conforme a Lei de Execuções Penais (LEP). (J.B)

Publicidade