Política

Ministério da Justiça e Fiesp assinam acordo para capacitar presos

Sérgio Moro disse que o combate ao crime melhora o ambiente de negócios no país e reduz o chamado risco Brasil

Para uma plateia de empresários do setor industrial, o ministro da Justiça, Sergio Moro, voltou a dizer que o combate à corrupção, ao crime organizado e à criminalidade violenta melhora o ambiente de negócios no país e reduz o chamado risco Brasil. 

Moro assinou, na noite desta segunda-feira (14), um acordo de cooperação técnica com o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP), Paulo Skaf. 

Um programa feito em parceria deve oferecer capacitação profissional a presos e egressos do sistema prisional, por intermédio do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).

A ideia é que a inclusão dos ex-detentos no mercado de trabalho diminua os índices de reincidência criminal, que hoje giram em torno de 30%. 

O ministério e a Fiesp também devem trocar informações e realizar estudos sobre mercados ilícitos, a exemplo da pirataria, e formas de combate e prevenção ao roubo de cargas. 

“A força-tarefa vai aos estados e retoma o controle dos presídios. Não é retirar o mérito do governo estadual, mas em parte [a queda dos índices de criminalidade] é mérito da força-tarefa”, afirmou. 

A Justiça determinou afastamento do coordenador do grupo no Pará, após pedido feito pelo Ministério Público Federal listando uma série de denúncias de tortura que teriam sido cometidas pelos agentes federais que estão desde o fim de julho em 13 unidades prisionais no estado.

O ministro foi ovacionado de pé pelos empresários que lotaram o Teatro Sesi, na avenida Paulista, com capacidade para 470 pessoas. Também estavam no evento o secretário nacional de Segurança Pública, general Guilherme Theophilo, o secretário de comunicação da presidência da República, Fábio Wajngarten e a diretoria da entidade paulista.

Este ano, Skaf já recebeu na sede da Fiesp o presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão e outros nomes do governo federal.

*Com informações Folha de São Paulo