Política

OAB recomenda afastamento de Sérgio Moro

O ministro se torno alvo de questionamentos após vazamento de áudios entre e o procurador Deltan Dallagnol. O conteúdo foi revelado pelo site The Intercep

Após a realização de uma reunião de colegiado, os membros do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) recomendaram nesta segunda-feira, dia 10, o afastamento do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e dos procuradores da Lava Jato, citados na reportagem do site The Intercept.

Apesar de afirmarem que a situação gerada após vazamento de conversas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol, o órgão ressaltou que “não se pode desconsiderar, contudo, a gravidade dos fatos, o que demanda investigação plena, imparcial e isenta”.

Na nota, a OAB diz que “recomenda que os envolvidos peçam afastamento dos cargos públicos que ocupam, especialmente para que as investigações corram sem qualquer surpresa”.

ABANDONO DE COLETIVA – Questionado sobre o vazamento das conversas, o ministro Sérgio Moro reafirmou que não deu orientações aos procuradores da Lava Jato durantes as várias fases da operação.

“Juízes conversam com procuradores, advogados e policiais. Isso é algo absolutamente normal e eu não dei orientação nenhuma“, disse.

Moro está em Manaus (AM), participando de uma reunião do Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (Consej), sobre a segurança pública no Amazonas.

Durante a coletiva de imprensa, realizada no Hotel Quality, o ministro frisou que a vinda dele ao estado foi motivada pela crítica situação que a segurança pública do Estado passa no momento, após o massacre nas unidades prisionais que resultou na morte de 55 detentos.

No entanto, em determinado momento, quando foi questionado sobre sua possível indicação à vaga no Supremo Tribunal Federal (SFT), Moro disse que já se pronunciou em relação ao assunto e que o vazamento se trata de uma invasão criminosa, deixando a coletiva logo em seguida.

*INFORMAÇÕES: Estadão e A Crítica.