Política

A alta no preço dos combustíveis é herança do MDB, critica Ozéas Colares

Foi no governo de Michel Temer que foi instituído o Preço de Paridade Internacional (PPI) atrelando o valor do petróleo ao dólar

Mais um aumento no preço do diesel e o anúncio de paralisação dos caminhoneiros dão sinais de que, em breve, a população é quem vai pagar essa conta. Para o pré-candidato ao Senado pelo Podemos, Ozéas Colares, a crise dos combustíveis é herança do governo Michel Temer (MDB) que atrelou o valor do petróleo ao dólar.

O preço do litro do diesel nas distribuidoras saltou de R$ 4,51 para R$ 4,91 após reajuste da Petrobras de 8,87% nesta terça-feira, 10. Esse já é o terceiro aumento este ano e o combustível acumula uma alta de 47% desde janeiro. Caminhoneiros se mobilizam e ameaçam fazer paralisação nas próximas horas.

“A disparada nos preços dos combustíveis é culpa do MDB do governo Michel Temer, pois foi no governo dele, em 2016, que foi instituído o Preço de Paridade Internacional, o PPI, sobre o petróleo. Nós, infelizmente, herdamos essa herança maldita do MDB”, critica Ozéas Colares, que é auditor fiscal de tributos e tem sido um crítico à política de cobrança de impostos no país.

Ozéas ressalta ainda que a medida tomada à época pelo emedebista teve aval do Congresso Nacional, que não levou em conta os impactos que a política de preços traria no futuro para o consumidor. “Considerou apenas o lucro da Petrobras frente ao mercado internacional. E nós, brasileiros, não conta, só somos importantes na hora de votar”, questiona o pré-candidato.

O PPI, citada por Ozéas, é a responsável por reajustar os preços dos combustíveis de acordo com o valor do barril de petróleo que tem a sua variação no preço internacional, cotado em dólar.

“É como se o combustível fosse cobrado em dólar para o brasileiro, sendo que a nossa moeda é em real, então essa conta nunca vai fechar e sempre vamos pagar caro por um produto que é brasileiro”, explica.

Ozéas se diz preocupado com os aumentos sucessivos no preço dos combustíveis e que isso pode acarretar em uma crise sem precedentes no país. “Como bem criticou nosso presidente, Jair Bolsonaro, o Brasil pode quebrar se os aumentos dos combustíveis continuarem”, alerta.

Menos impostos para combater a alta dos combustíveis

O pré-candidato ao Senado, Ozéas Colares, defende que para conter a alta dos combustíveis o governo deveria diminuir o valor de arrecadação do ICMS, que é um dos responsáveis pelo preço final nos postos.

“Hoje, o consumidor paga um total de 43,92% de tributos a cada litro de gasolina, ou seja, quase metade do valor final é de impostos. Minha proposta é reduzir a alíquota do ICMS sobre a gasolina de 25% para 12%”, defende.

Ele defende ainda que a tributação da gasolina seja feita apenas nas refinarias e que o consumidor tenha direito a uma gasolina pura. “Somos obrigados a colocar no tanque do nosso carro uma mistura que corresponde a 73% de gasolina e 27% de álcool. Uma mistura que tem a única finalidade de cobrar mais impostos do consumidor. Temos o direito de escolher o que vamos colocar no tanque do nosso carro, não o governo”, critica o pré-candidato ao Senado.