Política

“Não é apenas uma gripe. O pulmão congela”,  diz Prefeita

É uma doença séria que já matou quase 20 mil pessoas no mundo e que até o final de abril deve colapsar o sistema de saúde brasileiro explicou Teresa Surita

A Prefeita de Boa Vista Teresa Surita (MDB) repercutiu o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), com críticas às medidas de isolamento para minimizar o contágio do coronavírus, e disse para as pessoas mantenham a recomendação de ficar em casa, em isolamento social, durante esse período de maior incidência da Pandemia.

Teresa afirmou que “Neste momento difícil a hora não é de discussão, agressões, precisamos de bom senso e foco. Crise financeira teremos no mundo todo, mas para enfrenta-la precisamos estar vivos Qual a recomendação da OMS? Dos médicos e especialistas de todo o mundo? É que Fiquem em Casa”

A prefeita disse ainda que em Boa Vista temos 10 leitos de UTI que são pra Trauma e 20 leitos pra outros problemas de saúde, isso com 30 ventiladores. “O corona “congela” o pulmão, e esses leitos são para uma população de 600 mil habitantes. E não adianta ter plano de saúde. Daqui a pouco vai começar a chegar ao Hospital pessoas precisando ser internadas. Quem precisar de leito por qualquer outra razão, vai pra onde? Quem pegar ‘gripinha’ tem direito de adoecer quem é mais frágil? Vai adoecer avós, pais, parentes doentes, gente com problemas respiratórios ou doenças autoimunes. Esse que vai adoecer, vai pra onde? Foi assim que países do 1º mundo, começaram a escolher quem vai viver ou morrer”

Em nota, ainda sobre o assunto, a prefeitura de Boa Vista esclareceu que as medidas de isolamento social, indicada pelo próprio Ministério da Saúde, são as mais eficazes no combate à transmissão do novo coronavírus. 

 “Países ricos pedem o isolamento social. Líderes de todo mundo estão envolvidos nessa luta, porque toda vida tem valor, e é por isso que em Boa Vista o isolamento social continuará. Não é apenas uma gripe, é uma doença séria que já matou quase 20 mil pessoas no mundo e que até o final de abril deve colapsar o sistema de saúde brasileiro, de acordo com o Ministério da Saúde.”