Política

Associação dos autistas passa a ser instituição de utilidade pública  

Entidade vai poder atender mais pessoas com deficiência e diagnosticadas com o transtorno do espectro autista

Os deputados aprovaram um Decreto Legislativo que declara de utilidade pública a Associação Roraimense de Pessoas com Deficiência e do Espectro Autista (ARPDEA). A votação ocorreu nesta quarta-feira (9), em sessão plenária realizada na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).

O projeto foi proposto pelo deputado Evangelista Siqueira (PT) e aprovado por unanimidade. Com a aprovação do Decreto Legislativo, a Associação Roraimense de Pessoas Autistas passa ser uma instituição de utilidade pública, estando apta a receber recursos públicos para continuar executando os projetos em desenvolvimento.

O deputado Evangelista citou a importância da entidade para o Estado. “O projeto tem o objetivo de ajudar a associação, que a partir de agora poderá contar com uma ajuda maior por parte do governo. Acompanhei o trabalho deles e vi como é fundamental as ações desenvolvidas pela instituição”, justificou.

A instituição, sem fins lucrativos, foi fundada em março de 2016. Desde a fundação cumpre o papel social de melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiências e transtornos do espectro autista. Diversos projetos da Associação são voltados para as mães dos associados. 

O projeto ‘Mães Guerreiras’, que também atende mulheres que estão em vulnerabilidade social na capital, busca emancipar o público feminino financeiramente, qualificando para o empreendedorismo por meio de oficinas de artesanato e de bijuterias, cuja produção de artefatos tem como finalidade a comercialização.

O transtorno do espectro autista aparece nos três primeiros anos de vida e afeta o desenvolvimento normal do cérebro, relacionado às habilidades sociais e de comunicação. Kaio Reis tem 7 anos e recebeu o diagnóstico quando tinha dois anos. Desde então, faz acompanhamentos com o psicólogo e participa de outras atividades recreativas que contribuem para o desenvolvimento social.

A mãe dele, Rafaete Aguiar, é dona de casa e cuida integralmente do filho. Ela salientou a importância do trabalho gratuito, ofertado por entidades e ONGs (Organizações não-Governamentais), no amparo às pessoas com deficiência e autismo. 

“Declarar a instituição de utilidade pública é mais um degrau alcançado. O que me deixa mais feliz em saber disso, é que agora mais pessoas do espectro autista poderão ser atendidas”, destacou.