Política

Bolsonaro: “Se eu fosse rei de Roraima, estado teria economia igual a do Japão”

Presidenciável pelo PSL criticou políticos que estão há muito tempo no poder e nada fizeram para melhorar Roraima

O pré-candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, fez uma visita a Roraima, para lançar as pré-candidaturas de Antonio Denarium ao Governo do Estado e do pastor Isamar Ramalho para o Senado. Ele desembarcou no Aeroporto Internacional de Boa Vista por volta das 13h20 e foi recebido por simpatizantes em carreata e chegou a ser levantado no colo e saudado como mito. Bolsonaro estava acompanhado de seu filho, o também deputado federal Eduardo Bolsonaro, e, à noite, participou de evento no Centro de Tradições Gaúchas (CTG).

Em cima do carro de som, Bolsonaro discursou na Praça do Centro Cívico para cerca de 300 pessoas e reafirmou, em coletiva à imprensa, que fundiria os ministérios do Meio Ambiente e Agricultura e culpou a legislação ambiental e a demarcação de terras indígenas pelo atraso econômico do Estado.

“Se eu fosse rei de Roraima, em 20 anos teríamos uma economia igual a do Japão ou da China. Roraima é a minha menina dos olhos. Eu queria ser o rei de Roraima e o povo seria felicíssimo comigo”, disse o deputado, sob aplausos dos simpatizantes.

O pastor Isamar Ramalho, também em discurso, afirmou que “Para cada tempo, Deus levanta um homem. Lá no deserto, levantou Moisés. E, para este tempo, para levantar o Brasil, Deus tem levantado Jair Bolsonaro”.

Usando o tom arrojado que sempre utilizou em campanha eleitoral, Bolsonaro defendeu a exploração econômica de terras indígenas e sugeriu que indígenas recebam royalties sobre a extração de minérios nas Terras Indígenas além de criticar a atuação de ONGs estrangeiras na questão indigenista no Brasil.

“Roraima tem recursos minerais para dar e vender, como o nosso nióbio. O mais importante é podermos explorar em parceria com outros países. O índio americano vive de royalties de cassino e porque não fazer isso aqui com nosso minério? Qual o sentido de deixar o índio recluso, abandonado se é ser humano igual a nós? Vamos buscar integração dentro e fora do Brasil”, afirmou.

O presidenciável defendeu a criação dos campos de refugiados para os venezuelanos na cidade e foi aplaudido pelos presentes. “O Governo Federal precisa resolver essa questão dos venezuelanos. Não podemos fechar nossa fronteira, pois a lei de imigração não permite. Então, temos que ter um campo de refugiados, onde eles recebam vacinas e alimentos e onde sejam conduzidos para o mercado de trabalho para que possam produzir e viver. Eles não podem ficar da maneira como estão, causando transtornos na cidade dos mais variados possíveis”, declarou.

Bolsonaro descarta palanque com Jucá

Apesar de parte do público ter entoado “Fora Jucá”, durante o discurso na Praça do Centro Cívico, Jair Bolsonaro e os seus aliados foram amenos ao falar sobre o senador emedebista, que é réu no Supremo Tribunal Federal.

Ao ser questionado sobre Jucá durante a entrevista coletiva, disse que jamais subiria no palanque com ele. “Assim como, se eu for presidente, ele não vai sentar na minha frente e pedir o banco do Nordeste, da Amazônia”, citou.

Afirmou, porém, que, com exceção de partidos de esquerda, não interferirá nas coligações estaduais: “A gente confia nos colegas. Lamentavelmente a corrupção está em todos os partidos, mas não se pode buscar coligações que tenham perfil de corrupção, desmando e outras coisas. Jamais subiria num palanque com o Jucá, pois essas pessoas usam do Estado em causa própria”.

Ele citou ainda que, não viu desenvolvimento no Estado e que os políticos tradicionais pouco fazem para melhorar o quadro. “Roraima tem um grande líder de 20 a 30 anos no poder e o que fez pelo Estado? Roraima está como está apesar de todo esse potencial. O que fez contra a demarcação contínua? Temos que começar a desfazer isso e buscar solução. A verdade vos libertará e vamos mudar o Brasil, pois tenho o povo do meu lado”, assegurou.