Política

Bolsonaro fala em “dificuldades extremas” para conter migração

Presidente estimou ainda situação no país vizinho demorará décadas para se normalizar

Em discurso feito neste sábado (7), durante visita rápida à Roraima, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), falou que a migração venezuelana é causada por problemas locais e de responsabilidade do governo comandado por Nicolás Maduro. Sem dar mais detalhes sobre ações para conter o fluxo migratório, Bolsonaro afirmou que tem sido difícil achar respostas para solucionar o problema.

“Sabemos do problema aqui do lado e das consequências para Roraima. Estamos fazendo o possível pra buscar soluções para este caso e sabemos também da extrema dificuldade para a sua solução. Depois que chega a esse ponto, como chegou a Venezuela, a gente acredita, tem fé, luta, mas sabe que é quase impossível o retorno. Não está sendo fácil reverter tudo isso”, afirmou o presidente.

Em pouco mais de um minuto e meio, Bolsonaro estimou ainda que a situação no país vizinho demorará décadas para voltar a ser o que era.

“Nós evitamos que o Brasil se tornasse uma Venezuela e logo depois uma Cuba, e aí seriam  décadas e décadas para talvez voltar ao que era antes. Nós não podemos nos acostumar com coisas fáceis como o Governo da Venezuela e a esquerda vinham fazendo no Brasil: comprado votos, corações e mentes como se fossem migalhas”, complementou o presidente.

A crise humanitária também e as ações para restaurar a democracia na Venezuela estão na pauta da viagem que Bolsonaro fará aos EUA, após deixar Boa Vista ainda na manhã deste sábado (7), após parada técnica para reabastecimento da aeronave. O presidente segue em viagem de quatro dias ao estado da Flórida, nos Estados Unidos, onde terá um novo encontro com o presidente norte-americano Donald Trump. Os dois líderes devem jantar neste sábado no resort de Trump, na Flórida.

Bolsonaro e Trump discutirão também o processo de paz no Oriente Médio, políticas comerciais e investimentos em infraestrutura. Trump agradecerá ao Brasil pela “forte aliança” com os EUA. Ainda existe a possibilidade de Trump e Bolsonaro aproveitarem o encontro para assinar acordos na área militar.