Política

Cientista político avalia diálogo entre Governo e ALE-RR

Para ele, a política brasileira vive momentos de incertezas

O professor doutor e cientista político Roberto Ramos, entrevistado no programa Agenda da Semana, na Rádio Folha FM, analisou o atual cenário político nacional e local.

Para ele, a política brasileira vive momentos de incertezas, e que as instituições governamentais estão se unindo em parcerias que devem ser provisórias.

“É importante estabelecer um diálogo entre os poderes, já que estamos entrando em um período de eleições, mas vale lembrar que toda parceria no meio político tende a ser provisória. Como estamos passando um momento de crise devido a pandemia do coronavírus, nós começamos a observar essa aproximação política que pode refletir ações mais efetivas para o que de fato interessa à população, que é saúde pública”, explicou.

“Essa relação ganha uma importância considerável, se for estabelecido esse apoio no processo político eleitoral para se ter um controle do município de Boa Vista. Serão muitos eleitores que estão na máquina política do governo, já que muitos desses servidores não são concursados”, disse.

Política Nacional

No cenário nacional, isso vem se demonstrando com o novo escolhido para comandar o Ministério das Comunicações, recriado ontem. Fábio Faria é deputado federal pelo PSD do Rio Grande do Norte, integrante do centrão e genro do empresário e dono do SBT, Silvio Santos.

Para o cientista, o convite a Faria faz parte da estratégia de Bolsonaro de melhorar a relação com o Congresso e tentar dar nova cara para comunicação do governo, vinculada à ala ideológica.

” Agora precisamos saber se ele vai cumprir as determinações do presidente, já que o novo ministro possui uma história política própria, cinco mandatos. A questão é como ele irá se portar, se ele seguirá a linha do presidente e dos ministros que estão com ele mais tempo. Ou se ele será comparado a ministros que tem um comportamento próprio, mais independente, como é o caso do Sérgio Moro e do Luiz Henrique Mandetta”, ressaltou Ramos.

Segundo ele, mesmo com a nova nomeação, Bolsonaro ainda deve usar mais das redes sociais como sua propaganda política. “Ficaria muito contraditório, que agora com esse novo ministro das comunicações, que ele busque os meios tradicionais de comunicação como as televisões e jornais” explicou.