Política

Deputado denuncia falta de alimentação enteral para pacientes

Outra denúncia foi referente a contaminação com resíduos de fezes no poço artesiano que abastece a Penitenciária

Em pronunciamento nesta terça-feira (3), na Assembleia Legislativa, o deputado Nilton Sindpol (Patri) denunciou a falta de itens para alimentação enteral para pacientes das unidades de saúdes do Estado.

No discurso, o parlamentar apontou ainda a possível contaminação com resíduos de fezes no poço artesiano que abastece a Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (PAMC).

Nilton Sindpol disse que há um descaso do Executivo com a Saúde Pública.  Segundo o parlamentar, os itens que estão em falta para alimentação enteral, feita por meio de sonda, custam em média R$ 1,50 cada.

Além disso, segundo ele, não há substância necessária para a realização da alimentação paraenteral, quando o paciente não consegue se alimentar via oral, e é alimentado pelo sangue. “Não é vendida para pessoa física e estava faltando há mais de 15 dias”.

Sobre o abastecimento de água na PAMC, a denúncia é que os presos e funcionários da instituição estariam bebendo desta água contaminada, o que pode acarretar doenças.

“É uma situação caótica”, disse o deputado. Em uma garrafa plástica de 2 litros, o parlamentar trouxe o líquido que seria retirado do local da denúncia, onde foi possível notar sujeiras e uma coloração amarelada.

O parlamentar pede que algo seja feito com urgência. “A gente apela para que o Governo do Estado tome providências”, lamentou.

Governo do Estado – A Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania) informa que em relação às fossas sépticas, a empresa que está executando a obra de reforma na Pamc (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo) está providenciando as valas de infiltração para solucionar o problema.

Esclarece que devido às chuvas registradas recentemente, o terreno da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo alagou muito, o que dificulta os trabalhos.

 É importante destacar que a Pamc é um presídio construído na década de 80 e hoje está passando pela primeira grande reforma para adequação de todos os espaços, garantindo segurança e conforto aos reeducandos e trabalhadores do recinto. Destaca que não houve corte no abastecimento de água da unidade prisional.

 Ressalta que está investigando os motivos das reclamações. Sobre a suposta denúncia de contaminação da água, a informação não procede. Há laudo técnico científico confirmando que a água está própria ao consumo humano.

Em relação aos surtos e diarréias, a Sejuc informa que tem um médico em atendimento na unidade prisional durante os períodos da manhã e tarde, e nada foi relatado sobre o assunto. Ainda assim, é importante destacar que há tratamento disponível na unidade prisional, com devido acompanhamento médico.