Política

Governo estuda implantação de Instituto de Assistência Técnica

O secretário estadual da Agricultura, Emerson Báu, foi o terceiro entrevistado do programa Agenda da Semana, pela rádio Folha FM e falou sobre a gestão de apenas três meses à frente da secretaria e implantação de um Instituto de Assistência Técnica para fornecer estrutura e apoio ao desenvolvimento agrícola de Roraima.

“Somos o único estado que não temos esse instituto. Nossa intenção é apresentar ao governador a proposta de que a criação do Instituto não implicará em mais gastos ao poder público porque não é uma nova entidade, mas todo o quadro da secretaria seria transferido para esse Instituto”

Emerson também falou sobre as expectativas da área plantada de grãos em Roraima. De acordo com ele, há uma área de 70 mil hectares trabalhados, sendo a soja e o milho os cargos chefes da agricultura empresarial no estado. Já na agricultura familiar não existe levantamento de dados para fazer diagnóstico ou tão pouco saber quantos pequenos agricultores existem. 

“Há uma variação entre 18 a 30 mil, mas não podemos afirmar. O que sabemos é que o pequeno agricultor planta mandioca, banana, fruticultura e outras pequenas atividades. Estruturamos uma forma de levantamento desses dados por meio da feira do produtor, além do convênio com a Secretaria de Fazenda, para sabermos a entrada e saída de produtos de hortifruti e a dimensão do processo comercial da agricultura familiar”, disse Baú.

Emerson também divulgou em transparência o orçamento exato para trabalho da Secretaria de Agricultura estadual. “Em termos de orçamento tivemos redução para 39 milhões e com isso temos um trabalho de organização interna e se não houver boa administração, pode faltar para o custeio. Controlamos o máximo as despesas e reconhecemos a pouca valorização do trabalho técnico, por isso estamos trabalhando para que ocorra essa valorização”

Emerson também comentou sobre a questão da mosca da carambola. Para ele, o modelo atual de exigência do Ministério da Agricultura é ineficiente no aspecto de fiscalização. “Uma barreira custa mais de R$ 50 mil, tem custos de montagens mensais. O combate também acaba sendo ineficaz porque nós temos a Guiana, que não apresenta preocupação com o grande foco de moscas, e a própria Venezuela, com alguns focos”.

Aplicação Financeira – Conforme explicado por Emerson Baú, o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) do BANCO da Amazônia atingiu metas de maior volume de aplicação financeira para o estado de Roraima. “Já foram aplicados 200 milhões somente esse ano. Também foi ampliada a oferta de crédito para 500 milhões para financiamento para a Agropecuária”.