Política

Interiorização não é suspensa, mas Operação reforça barreira sanitária

A meta para 2020 da Operação Acolhida, responsável pelo atendimento de migrantes no Estado, era manter uma média de três mil venezuelanos participantes do processo de interiorização por mês, com objetivo de diminuir o número de refugiados concentrados em Roraima. A informação é que a meta foi cumprida para os dois primeiros meses deste ano, com um total de 6.110 interiorizados até o momento.

Os números foram confirmados para a Folha pela Assessoria de Comunicação da Força Tarefa Logística Humanitária. Os dados em janeiro de 2020 são de 3.010 venezuelanos interiorizados. Já em fevereiro de 2020, o total subiu para 3,1 mil. O relato é que o mês de março ainda não está fechado e por isso só será divulgado posteriormente.

Com a revelação dos dados, percebe-se que o processo de interiorização não foi suspenso mesmo com a declaração da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Conforme o coordenador da Operação Acolhida, General de Divisão Antônio Manoel de Barros, o processo está sendo mantido, porém, novas ações de vigilância em saúde foram adotadas por prevenção.

“A meta de interiorização, de 3 mil por mês, permanece a mesma, ressalvando-se que, com a chegada da crise do novo coronavírus, várias medidas foram implementadas para garantir a segurança do processo”, explica Barros. “Entre elas estão: reforço dos filtros sanitários na fronteira, incluindo uma anamnese específica e realização de inspeção médica adicional por ocasião de ingresso nos abrigos”, afirma.

Também está sendo priorizada a interiorização de pessoas que já estejam abrigadas pela Operação, valendo-se dos mecanismos de verificação sanitária já consolidados; além da cobertura sanitária dos imigrantes interiorizados, composta de cinco etapas cumulativas, incluindo monitoramento clínico até duas semanas após a chegada nos locais de destino, informa o coordenador.

“A Operação Acolhida reitera a necessidade de manter a estratégia de interiorização como solução sustentável e duradoura para mitigar os efeitos da crise migratória oriunda da Venezuela”, complementa o general Barros. (P.C.)