Política

Maioria dos vereadores deve permanecer no mesmo partido 

O calendário eleitoral para as eleições municipais de 2020 determina que o período para a mudança de partidos dos vereadores eleitos inicia na próxima semana, dia 05 de março. A expectativa é que a maioria dos parlamentares de Boa Vista permaneça na mesma sigla. 

Segundo levantamento feito pela Folha, dos 21 vereadores eleitos na Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV), nove confirmaram a permanência nos mesmos partidos.

Foram eles: o presidente da Casa, Mauricélio Fernandes (MDB), Dra. Magnólia (Republicanos), Pastor Jorge (PSC), Aline Rezende (PRTB), Mirian Reis (Podemos), Manoel Neves (Republicanos), Genilson Costa (Solidariedade), Vavá do Thianguá (PSD) e Rômulo Amorim (PTC).

O vereador Ítalo Otávio (PL) foi o único que confirmou a mudança de partido para as próximas eleições, conforme anúncio feito ainda no ano passado em entrevista à Rádio Folha 100.3 FM.

O parlamentar informou que está praticamente acertada a sua saída para um partido cujo nome não foi revelado, porém a mudança deverá ser confirmada oficialmente somente no anúncio do ato de filiação.

INDEFINIDOS – Até o momento, somente três parlamentares de Boa Vista informaram que ainda estão em processo de definição. O vereador Nilvan Santos (PSC) informou que há a possibilidade de mudança de sigla, mas ainda não há a certeza para qual será sua adesão. 

“Há a possibilidade, sim, de mudança de sigla, mas ainda não há a certeza. Também não há a definição, se houver mudança, para qual sigla irei. Recebi convite de partidos como MDB e Solidariedade, mas não decidi ainda”, informou Santos.

Já o vereador Wagner Feitosa (SD) informou que a mudança ainda está indefinida, pois deverá verificar com a liderança do partido para saber qual rumo tomar no próximo pleito. “Vou procurar o presidente do meu partido na semana que vem para ver qual o caminho que vou tomar. Ainda não conversei com a sigla, mas vamos conversar para tomar uma decisão”, explicou Feitosa. O mesmo acontece com o vereador Dr. Wesley Thomé (PC do B), que também ainda não se decidiu sobre mudança de sigla.

Os demais vereadores, Professor Linoberg (Rede), Albuquerque (PC do B), Genival da Enfermagem (PTC), Rondinele Tambasa (Podemos), Renato Queiroz (MDB), Julio Medeiros (Podemos), Zélio Mota (PSD) e Idázio da Perfil (Progressistas) não responderam sobre a janela partidária até o fechamento da matéria. 

Vereadora Mirian afirma que mudança ocorre por ‘cláusula de barreira’

Foto: CMBV

Um dos destaques fica para a vereadora Mirian Reis, que se uniu ao Podemos em função da fusão da sigla com o PHS, seu antigo partido. A fusão das siglas ocorreu por conta do PHS não ter conseguido alcançar a ‘cláusula de barreira’, estabelecida na Lei nº 13.165/15, que determina que um partido ou uma coligação eleitoral de partidos atinja um grau mínimo de votação para obter representação parlamentar.

Com isso, o PHS não teve mais direito a tempo de propaganda gratuita e nem verba do fundo partidário para as eleições deste ano. Ou seja, não caracteriza como mudança de partido.

“Eu era do PHS, mas ele foi para cláusula de barreira. Então, o PHS não existe mais. Mas pretendo continuar na mesma linha. Por enquanto, eu pretendo me manter no Podemos. Isso se não aparecer algum outro convite”, informou Mirian. 

Vereador anuncia que não será candidato à reeleição

O vereador Rômulo Amorim (PTC) informou que se manterá filiado ao partido ao qual foi eleito, porém não vai ser candidato à reeleição no pleito de 2020.

O parlamentar afirmou que a decisão já foi tomada junto da sua família e comunicada ao partido ainda no ano passado. Para Rômulo, é preciso diversificar os representantes da Casa.

“Tem que dar oportunidade para pessoas novas. Acredito que já dei minha contribuição para a cidade. Foram quase 3 mil indicações, mais de 30 projetos de lei apresentados”, afirmou.

Com a sua saída, a previsão é que o parlamentar prossiga com as suas atividades na Polícia Civil e conciliando as atividades no ramo empresarial. “Venho me organizando há mais de um ano para retomar as minhas atividades. Mas isso não significa que não vá cumprir com as minhas pautas enquanto parlamentar. O mandato só encerra no final do ano”, ressaltou Amorim. (P.C.)

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