Política

O comentário divergente de deputado de RR sobre o vandalismo em Brasília

Terrorismo promovido por bolsonaristas radicais é motivado pela não aceitação ao resultado das urnas, que declararam a vitória de Lula frente a Jair Bolsonaro

Enquanto parte da classe política roraimense repudiou o vandalismo em Brasília, o deputado estadual Jorge Everton (União Brasil) usou seu perfil pessoal no Instagram para afirmar que as invasões ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF) são “ecos sociais”.

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“Espero que nossa classe política não esqueça nossa origem! Somos representantes da sociedade e temos que ouvir os ecos sociais… Viva a democracia, viva nossa nação brasileira!”, diz na legenda de foto em que mostrar acompanhar a cobertura das invasões pela TV Jovem Pan.

O terrorismo promovido por bolsonaristas radicais é motivado pela não aceitação ao resultado das eleições presidenciais, que culminaram na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), frente a Jair Bolsonaro (PL).

Nesse domingo (8), o grupo de extremistas invadiu os prédios que representam as autoridades máximas dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário brasileiros, e destruíram o patrimônio público. A baderna foi generalizada e acabou na prisão de mais de 300 pessoas e ainda no afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha e na exoneração do secretário distrital de Segurança Pública, Anderson Torres, que é ex-ministro de Bolsonaro.

Uma seguidora de Everton criticou sua atitude ao indagá-lo: “Democracia onde o povo não aceita a escolha da maioria, de que democracia?”. Ela mesma disse que o parlamentar foi eleito pelas mesmas urnas que elegeram Lula e recebeu a seguinte resposta do deputado, reeleito com 6.627 votos: “O que garante que não tive mais votos? Quando você faz uma compra gera um recibo… Por que você vota sem ter comprovante? As urnas têm que ser auditadas sim… Quem não deve não teme!”.

Nos comentários, o recado do deputado aos eleitores decepcionados com seu pensamento foi: “Decepção é aceitar silenciosamente o STF interferir no processo eleitoral sem que ninguém fale nada”.