Política

PSL pede cassação do deputado estadual Jalser Renier

Partido também pede afastamento imediato do parlamentar do cargo até o julgamento da representação

O Partido Social Liberal em Roraima (PSL-RR) protocolou na manhã desta terça-feira (5), na presidência da Assembleia Legislativa de Roraima, o pedido para cassar o mandato do deputado estadual Jalser Renier (Solidariedade), por quebra de decoro parlamentar. A sigla ainda solicita o afastamento imediato do parlamentar do cargo até o julgamento do pedido.

O parlamentar foi preso na última sexta-feira (1), acusado de ser o mandante do sequestro e da tortura do jornalista Romano dos Anjos. Nessa segunda (4), o plenário da Assembleia decidiu manter a prisão de Jalser Renier.

O pedido do PSL foi entregue pelo presidente estadual do partido, deputado federal Nicoletti, e pelo advogado da sigla, Alex Ladislau. O documento tem nove páginas, inclui matérias jornalísticas sobre a prisão do deputado durante a Operação Pulitzer, e trechos da decisão que manteve Jalser preso.

“Resta evidenciada a prática dos crimes pelos quais o Representado foi denunciado, crimes graves, e incompatíveis com o exercício do cargo de deputado estadual, uma vez que para a consumação de algumas dessas condutadas [sic], o Sr. Jalser Renier se valeu de sua função, de forma ilícita, violando o decoro parlamentar”, diz trecho do pedido.

Para o PSL, Jalser causa grave prejuízo a imagem do Poder Legislativo de Roraima, não apenas pela acusação de ser mandante do sequestro do jornalista, mas também por outros crimes, como:

Organização criminosa;
Violação de sigilo funcional;
Peculato;
Exercício ilegal da profissão;
Obstrução de investigação;
Lavagem de dinheiro.

Segundo a representação do PSL, Jalser Renier infringiu o Código de Ética da Assembleia – em pontos como o que prevê evitar dano à imagem da Casa Legislativa -, e desrespeitou o Regimento Interno da Casa

“A sociedade roraimense espera uma atitude enérgica com relação ao deputado Jalser, envolvido em vários escândalos de repercussão nacional e por responder a vários processos criminais na justiça”, afirmou Nicoletti.