Política

População deve ficar em alerta para aumento da covid no período chuvoso

O alerta é do secretário estadual de Saúde, Airton Cascavel; segundo ele, população parece não acreditar em uma terceira onda de covid

A população em Roraima deve ficar em alerta para um possível aumento de casos de covid e, consequentemente de lotação de leitos e registros de óbitos, por conta do início do período chuvoso. O alerta é feito pelo próprio secretário estadual de Saúde, Airton Cascavel, em entrevista ao programa Agenda da Semana na Rádio Folha 100.3 FM neste domingo, 09.

Ao assumir a pasta, na última semana, o secretário informou que precisou fazer uma avaliação geral das condições da saúde, como visitas em unidades e até circulação pelo estado. Segundo ele, a movimentação permanece a mesma na Capital, local onde há a maior concentração de pessoas.

“É um alerta que eu quero pedir à população. No sábado à noite eu fui rodar na cidade para ver o que está acontecendo. Boa Vista está normal. As pessoas estão aglomeradas, as pessoas não estão sentindo que uma terceira onda pode acontecer em Roraima”, afirma.

Sobre o alerta com relação ao período chuvoso, Cascavel afirma que quando começaram as chuvas em Roraima, o vírus atingiu o estado. “Só pegar os números do ano passado, de junho, de julho, foi o pico da pandemia em Roraima. Quando acabou a chuva, aparentemente os números caíram”, aponta. 

Segundo o gestor, a concentração de casos no período chuvoso foi algo que percebeu durante seu trabalho enquanto assessor especial no Ministério da Saúde. “O que eu aprendi no Ministério da Saúde (MS), acompanhando a pandemia no país, é que quando nós temos os picos da síndrome gripal, naquele momento, o coronavírus ele age. São dados que comprovam isso. Temos que viver um momento de alerta em relação ao covid”, declara.

Por conta do risco, o novo secretário de saúde reforça que é preciso atuar com dois eixos: a conscientização da população, para prevenir a doença e a mobilização de mais vacinas para o estado. 

“Nós temos que conter previamente, com os pequenos cuidados. Dá para ter atividade, mas vamos usar máscara. Não vamos nos aglomerar, vamos nos prevenir para isso. Quantas vidas já foram ceifadas?”, questionou.

Outro ponto levantado pelo secretário, que pode minimizar os efeitos da doença, é a vinda de doses de vacina para o estado. Ele explica que, até o momento, Roraima já recebeu cerca de mais de 206 mil doses de vacina, mas é preciso aumentar a aquisição. Outra forma seria viabilizar parte dos imunizantes destinados à população indígena.

“Vou conversar com o Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e demais autoridades. Não podemos ter vacinas paradas enquanto tem gente morrendo. Temos que achar um meio, de empréstimo de vacinas. A antecipação de 50% dessas vacinas, significa mais 10 mil pessoas vacinadas. A grande medida do covid é essa: prevenção e vacinação”, finalizou.

Assista a entrevista:

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