Política

Projeto visa medidas educativas para evitar consumo de álcool

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografias e Estatísticas (IBGE) em 2016, apontou que 56,6% de estudantes de escolas públicas do Estado de Roraima relataram já ter consumido bebidas alcoólicas ao menos uma vez na vida. Outros 12% experimentado drogas ilícitas.

De acordo com o estudo, a média de consumo de álcool entre os jovens de escolas públicas em Roraima está acima da média nacional, que é de 55,5%. Além disso, foi divulgado que o Estado é o 5º maior em experimentação de drogas ilícitas entre os estudantes, com um percentual de 12%, bem acima da média nacional de 9%, sendo o maior da região Norte.

Os dados mostram ainda que do total de jovens que relataram alguma vez já terem experimentado drogas ilícitas, 54% afirmam ter consumido maconha e 14,3% crack, três vezes acima da media nacional.

Devido ao alto índice de consumo de álcool e drogas em Roraima, principalmente entre estudantes da rede estadual de educação, a Assembleia Legislativa (ALE-RR) aprovou, em junho deste ano, o projeto de Lei 022/19, que determina aos promotores de eventos que divulguem mensagens educativas em cinemas, shows, eventos esportivos e culturais.

O autor da matéria, deputado estadual Eder Lourinho, disse que a medida visa alertar jovens e adolescentes sobre os riscos do consumo indevido dessas substâncias. “Somos o Estado que mais sofre com esse problema na região Norte e o 5º maior do Brasil em relação à utilização de álcool e drogas nas escolas públicas. Precisamos tomar providências”, afirmou o parlamentar.

Outro objetivo é fazer com que o projeto, além de alcançar os cinemas, eventos esportivos e culturais voltados para o público infanto-juvenil, chegue até as escolas. “Devemos educar nossas crianças, voltar a promover palestras e outras ações para que possamos evitar este tipo de problema”, ressaltou.

COMO FUNCIONA – As mensagens educativas devem ser divulgadas de forma  impressa em ingressos, e durante os eventos, em painéis, ou de forma alternativa em faixas, cartazes, meios audiovisuais, ou ainda por transmissão de voz. 

“Esses espaços voltados para essa faixa etária são uma oportunidade para a divulgação de mensagens educativas de orientação sobre tráfico e o consumo indevido destas substâncias, que vem crescendo no Brasil”, explicou Eder Lourinho.

O projeto agora segue sansão governamental e deve ser aprovado ainda em 2019.