Política

Reitor pede apoio e parceria da comunidade universitária

A Universidade Federal de Roraima (UFRR) passou a contar com um novo gestor a partir da posse do reitor José Geraldo Ticianelli. A avaliação do novo administrador é que será necessário definir normas em conjunto com a comunidade acadêmica para enfrentar as dificuldades vividas pela instituição, em especial, na área de recursos financeiros.

Em entrevista ao programa Agenda da Semana na Rádio Folha 100.3 FM nesse domingo, 05, o reitor afirmou que existem várias demandas identificadas da instituição que precisam de atenção, por exemplo, no caso da falta de recursos financeiros, mas lembra que nem toda decisão cabe apenas ao gestor.

“O reitor pode muito, mas não pode tudo. As decisões dentro de uma instituição pública são colegiadas. A matriz econômica nossa está cada dia menor. O orçamento do Ministério da Educação (MEC) foi aprovado com R$ 2 bilhões a menos, então temos que fomentar algumas formas de recurso. Nos anos anteriores, a segunda maior fonte de receita foram as nossas atividades de extensão. Nós podemos levar ao Conselho Universitário para ver uma forma que os recursos possam chegar na universidade”, declarou.

O reitor afirmou ainda que, no momento, está realizando um levantamento do cenário atual da UFRR e que ainda é muito cedo para definir a abertura de novas graduações ou até encerramento de cursos de graduação. “Acho que o momento é de unificar os projetos pedagógicos para que as políticas institucionais sejam implantadas. Fazer com que o índice geral de cursos seja alto, não só com alguns cursos sendo bem avaliados e outros não. O primeiro caminho é esse”, afirmou. 

Outro pedido para a atual equipe gestora é que se verifique a fragilidade de cada curso e que se fique atento às exigências mínimas do Ministério da Educação (MEC), além de ter atenção na relação do aluno com o professor e às necessidades dos estudantes, em especial, no caso de assistência social.

“Um relatório da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais do Ensino Superior (Andifes) fala que 70% do perfil dos alunos, a renda familiar é de um salário mínimo e meio. Então o diploma pode significar a mudança de vida do estudante e de seus parentes”, declarou. “A Universidade tem o poder transformador, de formar os novos profissionais que vão conduzir o nosso Estado”, declarou.

Ticianelli ressalta ainda que algumas decisões são de responsabilidade da gestão da reitoria, mas que é preciso também um trabalho junto com a Procuradoria Federal Especializada da Advocacia Geral da União (AGU).

“A Procuradoria está lá para nos proteger, mas não para gerir a Universidade. Se os nossos atos estiverem dentro da legalidade, a AGU tem condições de nos defender. Nós precisamos dessa orientação, mas não posso fugir da minha responsabilidade enquanto reitor”, afirma. (P.C.)