Política

Senadores rebatem fala de delegado da PF sobre apoio a madeireiros

O senador Mecias de Jesus do Republicanos, respondeu as declarações do delegado da Polícia Federal e ex-superintendente da corporação no Amazonas, Alexandre Saraiva, que acusou os senadores Mecias e Telmário de serem “financiados por madeireiros.” 

“Pela segunda vez fui surpreendido com declarações levianas e irresponsáveis do Delegado Alexandre Saraiva, me acusando de crimes e outros devaneios.  As acusações descabidas de qualquer fundamento mostram que esse cidadão não está à altura dos cargos que tem ocupado, pois se comporta como um militante político e um ambientalista radical” disse o senador por meio de sua assessoria de imprensa.

Segundo a nota enviada para a Folha, Mecias acredita que ao classificar todos esses trabalhadores como criminosos, o delegado se esqueceu que nesse setor tem pessoas honestas, que lutam e cumprem as leis do nosso país.

“Para o acusador todas as pessoas são criminosas, exceto ele, e em vez de atuar tecnicamente ele se especializou em usar a mídia para fazer acusações infundadas contra aqueles que pensam diferente dele. Estive com o então ministro Ricardo Sales, não para defender bandidos, mas para defender trabalhadores que estavam sendo perseguidos por ações ilegais e inescrupulosas de agentes do Estado. Empresários que se submetem ao rigoroso e burocrático processo de licenciamento ambiental para poderem atuar. E me reuni também com o superintendente da Polícia Federal, Maurício Valexo, no mesmo sentido e objetivo” 

O senador fechou a nota afirmando que defende a Amazônia e o meio ambiente como um todo.

“Conheço os desafios e sofrimentos de quem gera empregos e paga impostos nesse país, muito por causa de autoridades que desvirtuam suas funções e agem como tem agido esse delegado. Sua sanha por aparecer na mídia as custas de meu nome e de outros políticos nem seriam levadas a sério em outro contexto, mas no Brasil de hoje, com as questões ambientais pautando as atividades políticas ele sabe bem que tipo de repercussão teria as acusações levianas que ele fez” concluiu Mecias de Jesus.

Telmário afirma que delegado é candidato e quer promoção

O senador Telmário Mota (Pros-RR) também respondeu à Folha afirmando que o relacionamento com o delegado sempre foi difícil pois ele fez prisões consideradas por ele como “arbitrárias e ilegais” de madeireiros. 

“Esse delegado é desequilibrado e sem credibilidade além de ser pré-candidato em busca de promoção. Agora acusa pessoas inocentes e vem jogar em meu colo algo que é uma inverdade” disse o senador.

Mota também negou ter interferido em qualquer fiscalização, inquérito ou processo relacionado a crimes ambientais, e disse ter encaminhado denúncia contra Saraiva na corregedoria da Polícia Federal, ao Ministério Público Federal e à Justiça, pelo crime de calúnia. 

“Aproveitando a sumida desses estrangeiros e de forma irresponsável colocou na vala comum um monte de parlamentar que não tem nada com isso. Vou entrar com queixa crime contra essas denúncias infundadas e sem sentido”

Telmário lembra que apesar do delegado ser o gestor, ele começou a operações contra os madeireiros. 

“A Justiça não encontrou crime e liberou todo mundo e por conta disso, ele criou uma rixa ideológica e após assumir a superintendência de Manaus passou a falar que ia acabar com os madeireiros de RR e começou a perseguição. Ele aprendia todos os caminhões madeireiros de Roraima, não atendia advogado, não atendia ninguém e ficava com a madeira presa até estragar. De forma que por conta disso, faliu mais de 50 madeireiras e mais de 6 mil pessoas foram demitidas por conta dessa essa atitude arbitrária, onde ele fazia sua própria lei”

O senador explicou que pediu audiência com Ibama, Polícia Federal, Casa Civil buscando criar um procedimento único que não prejudicasse as empresas de Roraima.

“A partir daí ele começou a criar fatos políticos pois é pré-candidato a deputado federal pelo RJ, ou seja, é uma pessoa com clara intenção de autopromoção. A polícia federal é uma polícia de estado e ele foi retirado do cargo por ter pedido a confiança que tinha. Ele abriu uma queixa crime contra mim e o Supremo mandou arquivar por falta de provas, pois não tinha consistência material” concluiu.