Política

Telmário diz que bancada vai pleitear construção do Linhão 

#SEM TEMPO? Confira o resumo da matéria

”  O senador Telmário Mota (Pros) realiza um balanço do primeiro ano de gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e elenca os pontos que ainda necessitam de atenção do Governo Federal, entre eles a questão energética, regularização fundiária, enquadramento e desenvolvimento do Estado, além de que os parlamentares do estado vão buscar uma audiência com o presidente Jair Bolsonaro para definir, de uma vez, quando se iniciam as obras de Tucuruí  “

A falta de resolução da questão da energia elétrica em Roraima motivou o pedido de uma audiência pública entre os parlamentares do Estado e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com intuito de definir o início das obras do Linhão de Tucuruí. A expectativa dos representantes do Estado é que a construção se inicie ainda no primeiro semestre de 2020.

A informação foi apresentada pelo senador Telmário Mota (Pros), em entrevista ao programa Agenda da Semana na Rádio Folha 100.3 FM no domingo, 05. Na ocasião, o senador fez um balanço das principais demandas do Estado e das promessas feitas pelo presidente na época de campanha.

Ressaltou, inclusive, que Bolsonaro teve uma votação expressiva em Roraima por citar as questões problemáticas junto à população, entre elas a construção do Linhão de Tucuruí, questão fundiária, da dívida do Estado, enquadramento dos ex-servidores e o desenvolvimento de Roraima.

Com relação à questão energética, o senador informou que a bancada de Roraima em Brasília deverá buscar uma tratativa com o presidente para acelerar o processo. “Conversei com o senador Mecias de Jesus (Republicanos), o senador Chico Rodrigues (DEM) e o deputado Hiran Gonçalves (Progressistas), que é o coordenador da bancada. Nós vamos pedir uma audiência com o presidente para definir a questão de Tucuruí. A situação da energia tem que definir. O início das obras tem que ser ainda este semestre”, afirmou.

Telmário ressalta que a situação é ainda mais necessária para a população em Roraima, por conta do corte de laços do governo brasileiro com a Venezuela. Com isso, foi encerrada a ligação de energia por meio do Linhão de Guri e provocou a utilização das termelétricas que abastecem o Estado, mas que tem alto custo de manutenção.

O senador afirmou ainda que o presidente Bolsonaro precisa fazer mudanças na gestão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que o processo do Linhão de Tucuruí tenha um avanço. De acordo com Telmário, o atraso no processo de ligação de Roraima com o sistema nacional de energia tem o objetivo de favorecer um grupo de pessoas.

“São as mesmas pessoas que dizem a previsão do preço do óleo diesel, eles que vendem o combustível, a energia, fazem tudo. É uma fortuna, gente ganhando a rodo às costas do Brasil por que não é só Roraima que paga. E vão continuar ganhando enquanto não chegar à energia. Isso é único no Brasil, furando a legislação brasileira”, reclamou.

Senador afirma que não desistiu da energia da Venezuela

O parlamentar afirma ainda que não desistiu de tentar as tratativas com o governo venezuelano, para tentar retomar a distribuição de energia para Roraima por meio do Linhão de Guri. “Na época do corte de relações entre os governos, a energia da Venezuela estava pronta para voltar. Faltando só acertar como ia ser a forma de pagamento. Aí, o presidente Jair Bolsonaro reconhece o Juan Guaidó como presidente. Aí, o presidente atual recolheu. Estou tentando retomar mais uma vez para ver se cai esse custo, que é extremamente acentuado”, acrescentou Mota.

Sobre a regularização fundiária, em especial, a Medida Provisória nº 901, o senador acredita que houve avanços. “Acredito que a partir da votação da MP vai se andar muito. Estamos trabalhando a questão do assentimento prévio, do zoneamento ecológico, para desburocratizar a regularização de terras em Roraima. Acredito que a questão fundiária esse ano chega em um denominador comum”, completa.

Resultados de Bolsonaro estão aquém do esperado, diz senador

Por fim, o parlamentar complementou que o presidente teve apoio maciço da população, dos parlamentares, dos deputados federais e senadores, tanto na época da campanha quanto no primeiro ano de gestão. Porém, os resultados obtidos até o momento não foram aquilo que os eleitores esperavam.

“Votei favoravelmente todos os projetos do presidente, sem ser base dele. Fiz isso tudo em resposta ao compromisso que ele tinha com o povo de Roraima”, declarou Telmário. “Às vezes eu faço comparação das ações do presidente Bolsonaro com a época da Dilma [Rousseff] e ela ganha de lavagem. Ela colocou casa popular, autorizou a passagem de energia, mas deixaram quieto no governo Temer. É preciso mudar”, criticou.

Realizando a avaliação do governo de Antonio Denarium (sem partido), o senador afirmou que o gestor tem boa vontade em resolver os entraves do Estado, mas que precisa realizar uma reforma administrativa e balanceada, atendendo as principais demandas das categorias.

“Ninguém governa Roraima sem fazer uma reforma administrativa profunda, sem baixar o duodécimo dos poderes, que está muito alto, e deixar dinheiro para investir. Tem que divulgar a realidade e cada um ficar com a sua responsabilidade, principalmente na área da saúde, onde a estadual abarca grande parte da demanda dos municípios”, pontuou. (P.C.)