Polícia

Popular encontra corpo carbonizado com braços e pernas amarrados

Mãe da vítima contou que ele tinha sido ameaçado por ter aparecido em uma foto com um integrante de facção criminosa

Passava das 8h de ontem, dia 11, quando um homem deixou os filhos na escola e, no retorno para casa, encontrou um corpo carbonizado, com braços e pernas amarrados. O cadáver ainda tinha resquício de estar queimando, uma vez que saía fumaça. O local do crime é um terreno da Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caerr), na Lagoa de Estabilização, que fica na esquina da rua da Lagoa com a Travessa da Paz, bairro São Bento, zona oeste da Capital.

O corpo estava envolvido numa cabine telefônica (orelhão), que também ficou totalmente queimada. Sabendo que se tratava de um assassinato, o homem acionou a Polícia Militar, que chamou a Perícia, investigadores da Delegacia-Geral de Homicídios (DGH) e o rabecão do Instituto de Medicina Legal (IML).

Enquanto aguardava a conclusão do trabalho pericial e a remoção do corpo, uma senhora compareceu ao local para informar que seu filho havia saído de casa às 4h e não retornou até aquele momento. Ela disse que foi ao encontro do cadáver depois de algumas imagens serem divulgadas nas redes de compartilhamento de mídias e mensagens, suspeitando que as características eram do filho.

Depois de ser aproximar do corpo e observar tanto as características físicas quando uma sobra de tecido da camisa que estava intacta, ela disse ter quase certeza que se tratava do filho, especialmente porque a camisa era a mesma que ele usava quando saiu de casa, por fim, ela informou para a Polícia que o filho estava sendo ameaçado de morte depois de aparecer em uma foto com um integrante de facção.

Depois que a Perícia terminou o procedimento e o corpo foi removido, os policiais foram até a Delegacia para informar o caso à Polícia Civil, que deve dar prosseguimento às investigações. O corpo foi identificado, por meio de exame odonto-legista, na noite de ontem, quando se confirmou ser Wesley Gabriel Silva Amorim, 23 anos, o filho da dona de casa que fez o reconhecimento prévio. As suspeitas são de que ele tenha sido atraído para fora de casa e depois de ser julgado por uma organização criminosa, foi torturado, morto e queimado. (J.B)