Cotidiano

Preço do diesel aumenta e caminhoneiros estudam nova greve

Categoria afirma esperar decisões de lideranças nacionais para saber medidas futuras

A Petrobras anunciou aumento no preço do diesel na noite de quarta-feira, 17. O reajuste foi de R$ 0,10 o litro, com uma variação mínima de 4,518% a 5,174% nos postos de venda em todo o País. Em vigor desde esta sexta-feira, 18, os motoristas de automóveis pesados e autônomos não descartam a possibilidade de greve. 

Desde 2017, a estatal vem realizando o alinhamento de preços nas refinarias de acordo com o mercado internacional e informou que o estabelecido representa, em média, 54% do valor do diesel nos postos de serviço. Em Boa Vista, até a manhã desta sexta-feira, os preços variavam entre R$ 3,55 e R$ 3,77 em diversos bairros da cidade.

Segundo o motorista de caminhão Áquila Costa, mesmo com as conversas é preciso esperar que haja uma decisão nacional para paralisação dos serviços, conforme aconteceu em maio do ano passado. Ele esclareceu que liberação de medidas para a categoria, como o financiamento pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), e as decisões do presidente Jair Bolsonaro (PSL) acalmaram os ânimos dos motoristas.

Atualmente, os caminhoneiros estão dialogando com o governo do Estado para solicitar melhorias no Posto de Jundiá e também sobre a corrente que fecha a BR-174, durante a noite, na reserva indígena Waimiri-Atroari. 

“Isso não prejudica somente o segmento dos motoristas. Se melhora, já vai fluir o trabalho”, relatou.

Costa completou informando que caso tenha a decisão de greve, os caminhoneiros procuram reivindicar a diminuição do preço em todos os produtos derivados do petróleo. 

“Está sendo tudo analisado juridicamente e características que precisam ser resolvidas primeiro. Tem famílias e pessoas que dependem do nosso trabalho”, encerrou.

Já o presidente da Cooperativa de Transporte Rodoviário (Coopertran), Dirceu Lana, afirma que o maior problema para a categoria está na falta de consenso em relação à tabela de frete em todo o País. 

“Hoje, temos uma crise de transporte no País porque a tabela não é respeitada de forma adequada, o preço do combustível aumentando e o caminhoneiro não consegue manter os custos e absorver isso”, assegurou.

GREVE – No fim da tarde de ontem, lideranças dos movimentos dos caminhoneiros confirmaram uma greve para 29 de abril. A reportagem entrou em contato com as entidades ouvidas na reportagem e elas afirmaram manter o mesmo posicionamento de resolver, primeiramente, as questões estaduais.