Saúde e Bem-estar

‘Fim do likes pode proteger autoestima’ diz psiquiatra

Para psiquiatra, excesso de preocupação com os likes das redes sociais causam baixa autoestima e até transtorno de ansiedade

Muitas pessoas não aprovaram a mudança do Instagram em retirar o quantitativo de likes dos usuários.  A empresa anunciou que o Brasil se tornou o segundo país no mundo a participar de um teste que esconde as curtidas das fotos no feed. Com o teste, apenas os próprios usuários poderão saber se suas fotos ‘floparam’ ou ‘bombaram’. A medida visa que os internautas comecem  a se engajar mais com as fotos e vídeos do que com a aceitação social denotada pelo número de curtidas.

De acordo com o psiquiatra Alberto Iglesias, a preocupação em excesso com os likes das redes sociais causa baixa autoestima e também são responsáveis por transtornos de ansiedade.

“Quem é predisposto a ter ansiedade pode sentir o mundo virtual como um fator de pressão. O sentimento é de estar mais ansioso com tanta informação na cabeça. A dica é estabelecer algumas horas para fazer outras atividades e deixar de lado o acesso à internet” explica o médico.

Para o médico, as redes sociais têm adquirido importância crescente na sociedade moderna, sua relevância está desde os relacionamentos, relações profissionais e até mobilização social, porém o uso deve ser moderado. O exagero pode acarretar sono ruim, stress, sensação de insegurança.

“Com o uso excessivo da internet, muitas pessoas começam a ficar ansiosas e por isso usam as redes sociais com muita frequência. Esse hábito interfere negativamente no próprio comportamento. A pessoa se comparar aos outros constantemente e isso pode virar um gatilho para a ansiedade, já que as redes sociais muitas vezes são usadas apenas para expor momentos felizes. E isso faz com que as pessoas se sintam pressionadas a fazerem coisas que no fundo não querem fazer, apenas para publicar uma foto do mesmo estilo” explica o médico.

Outro gatilho de ansiedade apontado pelo constante uso das redes sociais é a possibilidade de que o indivíduo desenvolva uma personalidade combativa, prejudicando relações pessoais e de trabalho. “Esses contratempos geram mais ansiedade e são péssimos para o bem-estar. Muitas vezes a pessoa entra numa espécie de piloto automático respondendo com ataque as opiniões diferentes e comprando cada briga online, muitas vezes até perdem o sono por uma discussão” reforça.