Saúde e Bem-estar

Acupuntura, ioga e meditação: terapias que existem no SUS

União entre medicina convencional e práticas integrativas pode mudar a vida dos brasileiros

A utilização de alternativas para problemas de saúde, como acupuntura e ioga, está quase sempre associada a custos elevados e inacessibilidade. Mas o SUS (Sistema Único de Saúde) possui serviços de

acupuntura para a dor

, por exemplo, como um dos atendimentos disponibilizados pelo serviço público.


A acupuntura, Ioga, reiki e meditação são as chamadas práticas integrativas. São recursos terapêuticos baseados em conhecimentos milenares, quase sempre de países orientais, que atuam na promoção e prevenção da saúde de maneira complementar no combate à dor, redução do estresse e aumento do bem-estar do paciente.

Evidências científicas têm destacado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares. Há, além disso, um número crescente de profissionais habilitados e conhecedores dos costumes tradicionais de onde se originam grande parte dessas práticas medicinais.


Entre as ações oferecidas pelo SUS apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais. Com as novas atividades, ao todo, o órgão passa a ofertar 29 procedimentos à população.


Uma das práticas mais disseminadas atualmente, a acupuntura pode ajudar no auxílio a doenças como asma e enxaqueca. De origem chinesa, o método consiste na aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo. Estas agulhas, quando aplicadas sobre algumas regiões específicas, são capazes de tratar doenças físicas e emocionais.


As chamadas práticas integrativas foram incluídas no SUS em 2006, dentro do plano intitulado Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, do Ministério da Saúde. Entre 2006 e 2017, o número de procedimento saltou de cinco procedimentos para 19 práticas disponíveis atualmente à população: ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia e yoga.

O SUS foi criado durante o processo de redemocratização do país, entre 1986 e 1988. Apesar das críticas ao sistema utilizado no Brasil, uma pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM), divulgada em 2018, mostra que, para 88% dos entrevistados, o sistema deve ser mantido no país como modelo de assistência de acesso universal, integral e gratuito para brasileiros.


Na cidade de São Paulo, existem pouco mais de 400 Unidades Básicas de Saúde (UBS) que oferecem a acupuntura. São mais de 60 mil pessoas por mês que fazem práticas corporais, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.


Para agendar uma consulta e realizar uma das práticas integrativas, o cidadão deve procurar a UBS mais próxima de sua residência e se informar sobre disponibilidade e horários. Vale lembrar, ainda, que nem todas as atividades previstas pelo SUS estão disponíveis em todas as UBS. Em alguns casos, como na acupuntura, por exemplo, é preciso encaminhamento médico.


Segundo o Ministério da Saúde, existem atualmente 9.350 estabelecimentos de saúde no país ofertando 56% dos atendimentos individuais e coletivos em Práticas Integrativas e Complementares nos municípios brasileiros, compondo 8.239 (19%) estabelecimentos na Atenção Básica, distribuídos em 3.173 municípios