Saúde e Bem-estar

Como fazer a lancheira das crianças de maneira mais saudável 

Pensar com mais cuidado na alimentação é importante para que as crianças tenham energia e disposição para acompanhar a carga diária de estudos

Preparar lanches saudáveis nem sempre é uma tarefa fácil, ainda mais quando se trata de crianças. Isso porque elas, na maioria das vezes, preferem comer bobagens, como biscoitos recheados, salgados fritos e sucos industrializados, e os adultos podem cair na armadilha da falsa praticidade. Por isso, é importante estimular a boa nutrição e fazer com que os pequenos também entendam essa importância.

Pensar com mais cuidado na alimentação é importante para que as crianças tenham energia e disposição para acompanhar a carga diária de estudos, “uma vez que a alimentação saudável contribui para o desenvolvimento das crianças e adolescentes, influenciando no aprendizado, na concentração e no hábito de estudar”, disse a nutricionista Rafaela Xavier. 

“Se alimentar bem na infância promove a saúde, o crescimento, o desenvolvimento e previne problemas de saúde,  como a anemia e obesidade infantil, além de ajudar a evitar possíveis discursos emocionais que podem surgir futuramente”, continuou.


Rafaela Xavier é nutricionista (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

A nutricionista ressalta também a importância de permitir que os filhos participem do processo de montagem da lancheira. “Preparar receitas junto com as crianças, ensinar a colocar frutas, explicar os benefícios de cada alimento que está sendo colocado na lancheira… Tudo isso desperta o interesse pelos itens mais saudáveis, além de dar autonomia para as crianças”, explicou.

Confira abaixo algumas dicas que podem ajudar na hora de preparar os lanches para as crianças: 

1 – A lancheira precisa sempre contemplar uma proteína (como iogurte ou queijo), uma fruta e um carboidrato. A bebida deve ser evitada, pois afeta o processo digestivo. Mas, se for necessário incluir, opte por água mineral ou de coco.

2 – Suco de caixinha ou garrafinha não devem ser considerados como a cota de consumo de frutas – elas devem estar presentes in natura ou no preparo de itens como bolos ou misturadas ao iogurte, por exemplo. Escolher sempre frutas frescas e preferencialmente da estação é a melhor opção, pois são mais suculentas e saborosas.

3 – Carboidratos precisam fazer parte dos preparos. Alimentos integrais são ótimas pedidas para fornecer a energia necessária da maneira mais saudável possível. Cookies, bolos, panquecas e pão de queijo feitos em casa são sempre melhor opção do que os que são comprados, principalmente se forem produzidos com farinhas integrais. Essas receitas geralmente usam menos açúcares e nada de conservante, mas ainda assim, duram ao longo da semana, quando bem armazenados e podem ser intercalados na rotina alimentar. Na impossibilidade de cozinhá-los, a escolha pelos produtos prontos deve levar em conta o rótulo e a lista de ingredientes, que permitem comparar a quantidade e qualidade dos nutrientes. Dica: hoje já existem aplicativos para ter no celular que ajudam a tomar a melhor decisão.

4 – Proteínas são essenciais para complementar a qualidade da refeição feita no intervalo das aulas. Optar por iogurtes naturais e combiná-los com frutas frescas, geleias ou granola. Já para os queijos, a orientação é sempre pelos mais “brancos”, que apresentam menos índice de gordura na composição. E seu consumo pode estar associado ao uso de pães ou outros acompanhamentos integrais na montagem de sanduíches junto com frango desfiado, por exemplo, e podem ser complementados com cenoura ralada, tomatinhos e folhas verdes como alface.

5 – Vegetais e oleaginosas entregam muitos nutrientes e também contribuem para a sensação de saciedade para o organismo, diminuindo a fome entre as refeições. Torná-los presentes no lanchinho, sempre que possível, pode ser uma boa saída para incentivar o consumo destes itens pela garotada.