Saúde e Bem-estar

Como lidar com a autocrítica excessiva

‘Pessoas que se cobram demais também costumam se frustrar com frequência’ explica psicóloga

Viver na “era da informação” realmente tem inúmeras vantagens para a maioria das pessoas que dela sabem tirar proveito. Porém, a internet também foi uma das impulsionadoras na hora de gerar frustrações. A autocobrança excessiva – especialmente hoje – tem a ver não somente com o querer superar a si mesmo, mas também superar os outros. Com o uso das redes sociais, nos deparamos sempre com fotografias que mostram as pessoas sempre felizes e nunca lidando com problemas da vida real.

De acordo com a psicóloga Gilvânia Carvalho, essas comparações podem gerar autocrítica excessiva, um sentimento que, aos poucos, afundam nossa autoestima e saúde mental como um todo. 

“A medida que nós nos conhecemos, sabendo nossos pontos fortes e aqueles que precisam ser melhorados a gente passa a se cobrar menos. Devemos lembrar sempre que nós não estamos numa competição contra outras pessoas e que é muito injusto conosco mesmo nos compararmos com outras pessoas, pois cada um tem uma história de vida diferente e à medida que eu me comparo com uma outra pessoa estou anulando a minha própria história de vida e falando que a história do outro é mais importante e mais significativa do que a minha. O caminho é do autoconhecimento e do amor-próprio” explica a psicóloga.

A autocrítica excessiva vem aumentando com o uso das redes sociais em excesso (Foto: Divulgação)

Para a especialista, se livrar do excesso de autocrítica e cobrança não é uma tarefa tão fácil assim. Porém, a psicoterapia é um tratamento eficaz, visto que o excesso de autocrítica não é uma doença.

Nesse caso, a terapia cognitivo-comportamental  vai trabalhar a partir do autoconhecimento emocional e da reestruturação cognitiva, onde o indivíduo será levado a refletir pensamentos, ações/comportamentos que precisam ser modificados para uma efetiva saúde mental.

“A psicoterapia vai auxiliar o indivíduo a chegar no autoconhecimento emocional, a conseguir valorizar aos seus aspectos positivos e a melhorar aquilo que pode ser melhorado na sua forma de agir e de pensar sobre as coisas” finaliza Gilvânia.