Saúde e Bem-estar

Ginecologista tira dúvidas sobre os tipos de anticoncepcionais

Segundo a médica Maria Cátia, apesar da eficiência parecida dos anticoncepcionais, cada organismo reage de uma forma diferente

Com o avanço da tecnologia, hoje em dia as mulheres têm a opção de não menstruar ou engravidar, sendo apenas necessário escolher qual método anticoncepcional funcionará melhor de acordo com o organismo delas. Porém, antes de tudo, a ginecologista Maria Cátia Rodrigues ressalta ser indispensável buscar um profissional que faça a orientação adequada.

Segundo a médica, os métodos contraceptivos mais usados pelas suas pacientes variam entre pílula anticoncepcional, injeção mensal, implante e dispositivo intrauterino (DIU). Entretanto, apesar de todos agirem com eficiência parecida, cada organismo reage de uma forma diferente.

“Em relação às contraindicações, geralmente o estrogênio presente nos anticoncepcionais pode afetar mulheres acima de 35 anos, tabagistas, hipertensas, que já tiveram infartos ou têm muitas enxaquecas. Nesses casos, eu apresento outras opções indicadas, mostro as vantagens e desvantagens e ela escolhe o que achar melhor, depois de várias consultas e fazer todos os exames necessários”, explicou.

Maria Cátia ressaltou que a pílula anticoncepcional também pode ser usada para tratar problemas como endometriose, miomas, síndrome dos ovários policísticos e sangramentos anormais. Todavia, em todos os casos deverá ser tomada regularmente e no mesmo horário.

Quanto aos efeitos colaterais dos métodos, ela afirma que cada situação é individual.

“Náuseas, vômitos, cefaleia, e às vezes um pouco de tontura são algumas reações totalmente normais do organismo da mulher. Porém, cada caso é um caso, porque tem pacientes que não sentem nada, enquanto outras sentem todos os sintomas e até um pouco mais”, frisou.

DIU

Um método que está na “moda”, de acordo com a profissional, é o DIU, que pode ser de cobre ou de progesterona. Ela conta que esse é muito procurado por mulheres mais jovens e até adolescentes, pois garante até 99% de eficácia, porém apresenta alguns efeitos que podem causar incômodo.

“Dependendo do tipo de DIU, pode ocasionar cólicas, aumento do fluxo menstrual ou até o atraso dele, assim como dores no corpo. No entanto, a eficiência similar à laqueadura tubária, que estereliza a mulher”, afirmou.

Pílula do dia seguinte

A ginecologista enfatizou que a pílula do dia seguinte, muito usada para prevenir a gravidez, deve ser usada apenas em casos emergenciais, pois pode desregular o ciclo menstrual da mulher.

“Devido à alta dose de medicação presente na pílula do dia seguinte, ela pode desorganizar totalmente a menstruação. Se o ciclo acabou, mas a mulher tomou o remédio, provavelmente terá mais outro período de sangramento”, disse.

Vale ressaltar que nenhum desses métodos previne doenças sexualmente transmissíveis, que é possível apenas com o uso da camisinha.