Saúde e Bem-estar

Governador descarta lockdown, mas restringe circulação de pessoas

Decreto passa a valer a partir de segunda-feira, dia 25 e terá validade de sete dias;atualmente Amazonas tem a maior taxa de transmissão do coronavírus do país

O governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou durante coletiva realizada na tarde deste sábado, dia 23, as novas medidas de restrições que devem ser publicadas via decreto, já nesta segunda-feira, dia 25. As restrições serão válidas por sete dias.

Lima  disse que não haverá fechamento total, l’ockdown’, mas a restrição de circulação de pessoas passa para 24 horas. “Isso não significa cercear o direto de ir e vir, o cidadão só pode sair por extrema necessidade, como ir ao supermercado ou unidades de saúde. Para o supermercado, apenas uma pessoa por família. Medidas para evitar aglomerações”, frisou.

Ele detalhou que os supermercados ficarão abertos de 6h às 19h, limitados a produtos de alimentação, bebidas, limpeza e higiene pessoal. Farmácias abertas 24 horas.

Os serviços de saúde, clínicas veterinárias e saúde mental também abertos. Feiras funcionarão com horário restrito. Restaurantes, bares e padarias funcionarão apenas em esquema de delivery, das 6h às 22h.

Obras permitidas apenas para área de saúde. Transporte liberado para materiais necessários à vida e profissionais essenciais. Indústrias podem funcionar  em turnos de 12 horas, com exceção para empresas com finalidade de alimentação e saúde.O decreto valerá por sete dias e as forças de segurança do Amazonas irão fiscalizar quem sair de casa sem necessidade, ainda conforme explicou o governador durante a entrevista.

Hospitais lotados e maior taxa de transmissão

Também na coletiva transmitida ao vivo pelo Youtube, o secretário de estado da Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, fez um breve relato da atual situação nos hospitais. 

Segundo ele, todas as unidades públicas de saúde que possuem leitos para internação, estão trabalhando acima dos 100% de capacidade. Nas unidades privadas, a superlotação já passa dos 90%. “Hoje nós temos a maior taxa de transmissão do país.Temos uma taxa de transmissibilidade de 1,3 [a cada 100 infectados, 130 são contaminados], é a maior do país”, afirmou.  Os casos de necessidade de internação no interior quintuplicaram”, disse.