Saúde e Bem-estar

Jornalista conta como foi sua luta contra o câncer de próstata

"A minha recuperação foi bem rápida porque eu já vinha me preparando com mudanças nos meus hábitos alimentares e físico", disse Raimundo Siqueira

O jornalista Raimundo Siqueira, 45 anos, adquiriu o hábito em fazer consultas periódicas e preventivas desde os 40. Em julho de 2019, ele foi surpreendido com o diagnóstico de que estaria com um tumor na próstata.

“Quando descobri foi um baque, pois quando se fala nessa doença pensamos logo no pior. Mas como eu fazia os exames preventivos foi o que possibilitou a descoberta do câncer na fase inicial”, lembrou.

A partir de então, Raimundinho, como é mais conhecido entre os amigos, iniciou a busca pelo tratamento. “Comecei a fazer vários procedimentos para descobrir qual era melhor forma para fazer o tratamento, e durante as consultas o médico falou que eu teria que passar pela cirurgia, pois com ela eu teria 90% de chances de cura”, disse o jornalista.

A cirurgia custou R$ 56 mil, valor que ele não tinha. “Na época eu estava endividado devido à construção da minha primeira casa, e esse foi um dos momentos mais desesperador, pois eu não tinha condições de bancar esse tratamento”, relatou Siqueira.

Amigos de Raimundinho, na época, fizeram campanhas para arrecadar o dinheiro e conseguiram com que ele fizesse o procedimento. Em agosto deste ano ele fez a cirurgia em São Paulo.

“A minha recuperação foi bem rápida porque eu já vinha me preparando com mudanças nos meus hábitos alimentares e físico. É fundamental que o homem deixe de lado o preconceito que existe sobre esse exame, e faça esse acompanhamento para que não seja tarde demais”, afirmou Raimundo Siqueira

A importância dos exames preventivos

Obter um diagnóstico precoce de câncer de próstata é algo essencial para iniciar o tratamento e aumentar as chances de sucesso na cirurgia e recuperação da doença.

“A questão do tabu em relação ao exame de toque é algo que dificulta a realização da avaliação do procedimento, além do fato de muitos pacientes terem medo do resultado do diagnóstico”, disse o médico urologista Mário Maciel.

O exame de toque e PSA devem ser feitos sempre em conjunto, pois o toque retal nem sempre pode detectar um câncer que apresenta dosagem de PSA, assim como de 24 a 40% dos tumores feitos pelo exame de dosagens da proteína PSA, não conseguem detectar a doença.

O exame do antígeno prostático específico, ou PSA, é um dos principais exames solicitados pelos urologistas na tentativa de identificar precocemente o câncer de próstata. Outro teste importante é o exame de toque. 

“É importante destacar que devido à tecnologia e procedimentos cirúrgicos estarem mais avançadas, atualmente o câncer de próstata tem 95% de chances de cura. Então a realização de exames de rotina é fundamental para o diagnóstico e tratamento da doença”, ressalta o médico.

“Devido à tecnologia e procedimentos cirúrgicos estarem mais avançadas, o câncer de próstata tem 95% de chances de cura” (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)