Saúde e Bem-estar

Pacientes que passaram por bariátrica não estão em grupo de risco

Os cuidados dos pacientes bariátricos devem ser os mesmos de uma pessoa normal

Pacientes que perderam peso, inclusive o que passaram pela cirurgia bariátrica e metabólica não são considerados grupo de risco.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica (SBCBM), os cuidados dos pacientes bariátricos devem ser os mesmos de uma pessoa normal – a não ser os pacientes com idade avançada que, assim como os demais devem redobrar os cuidados.

“O paciente que passou pela cirurgia perdeu peso, reduziu as doenças associadas e teoricamente está com mais saúde. Sua respiração, sistema fisiológico e metabolismo estão melhores do que se estivesse ainda com a obesidade. Os benefícios da cirurgia bariátrica são importantes no enfrentamento de qualquer epidemia”, explica o médico endocrinologista Cesar Penna.

Os estudos mais recentes sobre o novo Coronavírus (COVID-19), divulgados na última semana na França e nos Estados Unidos, apontam que a obesidade está presente em mais da metade dos pacientes internados e também naqueles que precisam de ventilação mecânica.

“Obesidade é uma doença crônica e pode se associar ao diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, doenças pulmonares, além de promover alterações hormonais, levando a um estado inflamatório permanente e maior susceptibilidade às complicações do Covid-19. A incidência da doença é maior em pacientes com menos de 40 anos e obesos e a internação necessita de mais cuidados pessoais, aparelhagem, dificuldade de movimentação etc” reforçou.

Segundo dados divulgados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do Departamento de Saúde dos Estados Unidos, divulgado no dia 08 de abril, a obesidade é a condição mais comum entre pacientes com COVID-19 hospitalizados entre 18 e 65 anos. O relatório do COVID-NET foi realizado entre 1 e 30 de março, primeiro mês de vigilância nos Estados Unidos, em 99 municípios de 14 estados americanos.

Para aproximadamente 180 adultos hospitalizados 89,3% apresentavam outras doenças crônicas, sendo as mais comumente relatados a hipertensão (49,7%), obesidade (48,3%), doença pulmonar crônica (34,6%), diabetes mellitus (28,3%) e doença cardiovascular (27,8%). Entre jovens e adultos internados, com idades entre 18 e 49 anos, 59% são obesos. Na faixa etária entre 50 e 64 anos, o número de obesos nos leitos é de 49%. Apenas entre idosos, com idade igual ou superior a 65 anos, a obesidade é superada pelos casos em que pacientes apresentam histórico clínico de hipertensão arterial.