Saúde e Bem-estar

Pediatra alerta jovens para o termo “Sugar Daddies”

Há uma polêmica sobre se a prática pode ou não ser equiparada à prostituição

Um tribunal na Bélgica condenou por prostituição um site que conectava homens ricos e mais velhos a mulheres jovens. O site utilizava o termo “Sugar Daddies” para promover encontros entre os casais.

Ao pé da letra a tradução de Sugar Baby é “Bebê de Açúcar”, Sugar Daddy é “Papai de Açúcar” e Sugar Mommy é “Mamãe de Açúcar” e diz respeito às relações amorosas entre casais de idades bem diferentes, que tenham um vínculo financeiro, onde a pessoa mais velha do relacionamento (Daddy ou Mommy) sustenta ou paga para a pessoa mais nova, as babies, independente do gênero.

Há uma polêmica sobre se a prática pode ou não ser equiparada à prostituição, já que nas redes sociais, o termo é utilizado com bastante informalidade.

A presidente da Sociedade Roraimense de Pediatria, Adelma Figueiredo, alerta para os riscos desse tipo de envolvimento. “É uma nome bonito, escrito em inglês para dar uma roupagem moderna à um prática muito similar à prostituição. Qualquer troca que almeje benefícios financeiros, mesmo com um título diferente não é saudável”, ressaltou a pediatra.

Segundo Adelma, no fim a acompanhante pode ser tratada como um objeto sexual. “Isso não deveria acontecer entre as jovens, principalmente entre as adolescentes. Lembrando que o relacionamento de pessoas mais velhas com menores de 14 anos é crime de estupro de vulnerável”, disse.

A ginecologista infanto puberal, Luciana Arcoverde, esclareceu que esse tipo de relacionamento não é natural. “O caminho para o sucesso financeiro é árduo e tem muitas dificuldades. Os jovens precisam se espelhar naqueles que têm uma história de vida, de superação. Hoje em dia, até com o uso excessivo das redes sociais, muitas pessoas vivem de status e vendem uma imagem que estimula a sexualidade precoce. Esse vigor da juventude irá passar, e essa vitalidade da juventude precisa ser usada para que ela, consiga por si só, alcançar seus objetivos, se realizar profissionalmente e emocionalmente”, afirmou.

Ela reforçou que não é que não seja importante que os jovens se sintam bonitos. “Ter uma autoestima bacana é essencial, mas não é necessário sustentar uma vida inteira em uma imagem que irá se acabar um dia”, comentou Luciana.

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Escute a entrevista na íntegra: