Saúde e Bem-estar

Pediatra dá dica para abordar a separação com filhos

O apoio psicológico com profissional especializado sempre ajuda e conforta

Separação dos pais é uma situação que pode causar grande impacto emocional nos filhos podendo acarretar insegurança emocional,  alterações de comportamento e dificuldades no aprendizado escolar e socialização. De acordo com a pediatra Ana Carolina Brito, o assunto deve ser  abordado por ambos os pais, se possível em conjunto,  com muita paciência e sinceridade. 

“Durante essa conversa, é preciso dar espaço para as crianças demonstrarem seus sentimentos e serem atendidos em seus questionamentos Jamais a imagem dos pais devem ser denegridas diante dos filhos e deve ser enfatizado que o fim da união dos pais não é o fim do seu papel como pai e mãe” explica a especialista que reforça que o diálogo deve ser mantido.

Segundo a pediatra, o momento pede apoio psicológico com profissional especializado. “Um psicólogo pode ajudar e confortar a criança. Também é indicado que os pais avisem os professores e gestores escolar que com o apoio psicopedagógico poderão observar possíveis alterações de comportamento infantil” explica.

Caso já exista um conflito ou desentendimento vigente entre os pais e os filhos já tenham esse conhecimento, os pais devem evitar que conversas agressivas sejam feitas com a presença das crianças. “Desentendimentos e brigas jamais devem acontecer na presença das crianças. O respeito nas figuras paterna e materna devem sempre ser preservados. Uma boa opção é encontrar um mediador, um parente ou pessoas que a criança confie, para estar presente nas situações de conflitos” explica.

Segundo a especialista, os pais não precisam entrar nos detalhes sobre os motivos da separação. “Dependendo da idade em que está, a criança não conseguirá compreender a situação como realmente é), mas procure ser claro sobre a nova situação familiar e nunca inventar mentiras ou desculpas como viagens” reforça. 

Durante o diálogo, é comum falar para a criança que os pais “não se amam mais, mas essa expressão pode não ser a mais indicada. “É preferível evitar esse tipo de colocação, já que os filhos tendem a entender  que também não são mais amados” explica.