Saúde e Bem-estar

Saiba o que são IgG e IgM e para que servem os indicadores

Siglas definem os anticorpos produzidos para defender o corpo de organismos estranhos

Para auxiliar no diagnóstico de quadros de Covid-19, alguns exames foram desenvolvidos pelos laboratórios como forma de identificar a presença do novo coronavírus no organismo. Entre eles, estão os testes de sorologia, que detectam os anticorpos IgG e IgM.

IgG e IgM são classes de anticorpos (moléculas de defesa), produzidos pelo corpo especificamente contra um determinado antígeno – substância estranha ao organismo, que pode ser um vírus, bactéria ou toxina. Os anticorpos IgM surgem na fase aguda da infecção, enquanto os IgG tendem a aparecer um pouco mais tarde.

Na verdade, existem cinco tipos diferentes dessas proteínas defensoras do corpo, que são: IgA, IgM, IgE, IgG e IgD. Dessas, as mais analisadas em exames são a IgE, IgM e IgG. Enquanto a IgE tem maior associação com alergias, a presença de positiva de IgM e IgG costuma apontar a exposição do corpo a um agente infeccioso, seja em estágio tardio ou inicial.

Os exames que analisam a presença desses anticorpos são chamados de testes de sorologia. Na prática, eles são realizados através da coleta de uma pequena amostra de sangue e apresentam o resultado em minutos.

Algumas pessoas estão recorrendo aos testes sorológicos — que detectam a presença dos anticorpos IgA/IgM e IgG no sangue — para tirar a prova se já tiveram contato ou não com o novo coronavírus, desenvolveram a forma assintomática da doença e se estão imunes a uma nova infecção. No entanto, médicos alertam que este não é um método correto para validar a saída do isolamento.

O médico infectologista, Joel Gonzaga explica que o mais importante é observar o ciclo do vírus.

“Estudos que dizem que a contaminação pode acontecer principalmente com casos sintomáticos até o 28º dia, então independente de aparecer no exame a imunoglobulina IgM ou IgG é sabido cientificamente, que o anticorpo IgM está ativo até o 14º dia”, explicou.

“O IgM só vai desaparecer na verdade lá pelo 28º dia já com uma carga viral muito pequena a ser considerada, também não há indícios e pesquisas randomizadas de que exista a reinfecção, então independente de completar o ciclo de 28 dias haverá a confirmação da cura clínica”, acrescentou.